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Previsão de déficit primário em 2017 é de R$ 144 bi

Este foi o terceiro mês seguido em que os analistas projetaram um rombo maior para o Governo Central do que a meta para 2017

Déficit: nas previsões do último relatório - com mês de referência em setembro -, o déficit esperado era de R$ 145 bilhões (Bruno Domingos/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 13h48.

Brasília - Mesmo com a leve melhora em relação ao quadro fiscal neste e no próximo ano, os analistas do mercado financeiro continuam apostando que o governo não irá cumprir a meta fiscal de 2017, que é de déficit de R$ 139 bilhões.

As estimativas do Prisma Fiscal com mês de referência em outubro, divulgadas nesta quinta-feira, 17, pelo Ministério da Fazenda, mostram que os economistas ainda projetam resultado negativo de R$ 144,771 bilhões no ano que vem.

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Este foi o terceiro mês seguido em que os analistas projetaram um rombo maior para o Governo Central (que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) do que a meta para 2017.

Nas previsões do último relatório - com mês de referência em setembro -, o déficit esperado era de R$ 145,387 bilhões.

Para 2016, as expectativas melhoraram um pouco. Mas, apesar da alta na arrecadação do programa de regularização de ativos no exterior - a chamada Lei de Repatriação - o Prisma também trouxe uma alta relevante nas despesas esperadas para este ano, já que o governo pretende usar os recursos para quitar restos a pagar de anos anteriores.

Agora, os analistas ouvidos pela Fazenda projetam um rombo de R$ 159,518 bilhões em 2016, ante uma estimativa de déficit de R$ 159,883 bilhões no documento anterior. A meta oficial do governo permite um resultado negativo de até R$ 170,5 bilhões.

A estimativa para a receita líquida do governo federal em 2016 saltou de R$ 1,078 trilhão para R$ 1,092 trilhão, bem como a projeção de arrecadação total, que pulou de R$ 1,269 trilhão para R$ 1,288 trilhão.

Por outro lado, a estimativa para a despesa total neste ano, aumentou de R$ 1,237 trilhão para R$ 1,247 trilhão. Enquanto isso, o mercado reduziu a previsão para a dívida bruta de 2016 de 73,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 73,2% do PIB.

Nas projeções mensais para o trimestre à frente, o relatório trouxe piora de perspectiva de primário em todo o período. Para novembro, a expectativa de déficit piorou consideravelmente, de R$ 22,702 bilhões para R$ 33,032 bilhões.

Para dezembro, a projeção de saldo negativo passou de R$ 25,708 bilhões para um rombo de R$ 33,987 bilhões.

E, pela primeira vez, o Prisma trouxe as previsões do mercado para o mês de janeiro de 2017. Já com estimativa de superávit, a previsão para o primeiro mês do próximo ano também piorou, de um resultado positivo de R$ 5,674 bilhões para um saldo no azul de R$ 3,799 bilhões.

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