Projeções: apostam que o governo não irá cumprir a meta fiscal de 2017, que é de um déficit primário de R$ 139 bilhões (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de agosto de 2017 às 11h52.
Brasília - Enquanto o governo discute ampliar a meta de déficit primário, os analistas do mercado financeiro pioraram suas previsões para o resultado deste e do próximo ano. A estimativa passou de um resultado negativo de R$ 145,268 bilhões no boletim Prisma Fiscal de julho para um rombo de R$ 154,841 bilhões no divulgado nesta quinta-feira, 10.
O boletim é divulgado pelo Ministério da Fazenda com as projeções colhidas até 7 de agosto e apontam para déficit maior do Governo Central (que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em 2017. Com isso, a aposta é de que o governo não irá cumprir a meta fiscal de 2017, que é de um déficit primário de R$ 139 bilhões.
Para 2018, o déficit primário esperado passou de R$ 129 bilhões para R$ 130,527 bilhões, também acima da meta de R$ 129 bilhões.
O Prisma de agosto praticamente manteve a estimativa para a receita líquida do governo federal em 2017, que variou apenas na casa dos milhões e passou de R$ 1,139,745 trilhão para R$ 1,139,507 trilhão. A projeção para a arrecadação neste ano também ficou praticamente estável, de R$ 1,340,307 trilhão para R$ 1,340,285 trilhão, enquanto a expectativa para a despesa total aumentou de R$ 1,286 trilhão para R$1,293 trilhão.
Os analistas consultados pela Fazenda ainda aumentaram a projeção de Dívida Bruta do Governo Geral de 75,6% para 75,9% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Nas projeções mensais para o trimestre à frente, o relatório revelou uma pequena melhora na perspectiva de primário para agosto, que passou de um resultado negativo de R$ 19,838 bilhões para déficit de R$ 19,761 bilhões. Já a projeção para setembro segue de rombo que passou de R$ 25 bilhões para R$ 24,869 bilhões. Para outubro, o saldo negativo esperado passou de R$ 492,75 milhões para R$ 55 milhões.