O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, revelou neste sábado as iniciativas do banco diante dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo estudo divulgado ontem, a tragédia no sul provocou perdas de R$ 87 bilhões. As secas e queimadas também são motivo de preocupação, e o banco já soma R$ 10,5 bilhões em ações para redução de danos no Brasil.
O BID realizou um estudo em parceria com o Banco Mundial (Bibrd), Cepal, governo brasileiro e o governo do Rio Grande do Sul para avaliar os danos das enchentes de abril. Além do levantamento, que contou com mais de 40 especialistas, o banco também afirmou que deu apoio de R$ 5,5 bilhões e doações ao estado.
“Há alguns meses, eu estava no Brasil ajudando e oferecendo assistência com as enchentes no Rio Grande do Sul. Foi a pior enchente já registrada, deixando 182 mortos e muitas pessoas sem casas. Acabamos de concluir uma missão para avaliar os danos: R$ 87 bilhões. Se você quiser avaliar o impacto de um ano, isso representa 1,8% do PIB só em 2024”, disse Goldfajn, em Washington.
Apoio à reconstrução e ações emergenciais
Além de doações em ajuda humanitária e assistência técnica, o banco se comprometeu com ações que visam apoiar a reconstrução do estado.
“Nós falamos que é preciso ter ajuda emergencial e de reconstrução. Na ajuda emergencial, a gente falou até R$ 1,5 bilhão. Isso já foi 70% desembolsado. Além disso, teve ajuda humanitária que veio de várias fontes. E teve assistência técnica. Mas a reconstrução vai ser muito importante e isso significa outros recursos: R$ 4 bilhões (disponibilizados pelo BID para eventuais projetos)”, explicou Goldfajn.
De acordo com ele, 80% desses R$ 4 bilhões já teriam o seu destino. Uma parte seria voltada para pequenas e médias empresas, outra parte para infraestrutura, além de porções destinadas a capacitação e ajuda aos governos.
Secas e gestão hídrica
“Acho que o Rio Grande do Sul nos mostrou que é sério, não é só a Amazônia ou a seca que a gente está vendo agora. E de fato a gente tem acompanhado e tem que acompanhar”, afirmou.
Para a redução dos danos causados pelas secas, o BID anunciou que irá destinar mais de R$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados, além de doações para projetos de gestão hídrica, conscientização e formação de brigadistas.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)