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Presidente do BCE sinaliza outra alta de 50 pb nos juros em março

A presidente do BCE disse que não tem um cronograma fechado para quando a inflação retornará à meta, acrescentando que há apenas "um objetivo"

FRANKFURT AM MAIN, GERMANY - FEBRUARY 02: Christine Lagarde, President of the European Central Bank (ECB), speaks to the media following a meeting of the ECB Governing Council on February 2, 2023 in Frankfurt, Germany. Eurozone inflation came down in January for the third consecutive month in a row, to 8.5%. (Photo by Andreas Rentz/Getty Images) (Andreas Rentz/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de fevereiro de 2023 às 11h40.

A presidente do Banco Central Europeu ( BCE ), Christine Lagarde , afirmou que "há todo motivo para acreditar que faremos outra alta de 50 pontos-base (pb) em março" nos juros na zona do euro. "Depois disso, veremos. Nós somos dependentes dos indicadores", considerou, durante entrevista ao jornal indiano The Economic Times, reproduzida no site da instituição.

Ela voltou a afirmar que o BCE adotará suas decisões sobre os juros a cada reunião, a depender do quadro econômico. Também reafirmou que "faremos mais altas se necessário para retornar inflação à nossa meta de 2% de maneira oportuna", enfatizando que isso precisa ocorrer "de modo sustentável".

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A presidente do BCE disse que não tem um cronograma fechado para quando a inflação retornará à meta, acrescentando que há apenas "um objetivo". "Temos de elevar os juros para um nível que seja suficientemente restritivo para a inflação retornar a 2%", e "manter os juros lá o tempo necessário para ter confiança de que a inflação retorne" à meta, acrescentou.

Ela lembrou que "inevitavelmente" as altas nos juros prejudicam a demanda, mas disse que o BCE tenta de fato ajustar o quadro na demanda.

Christine Lagarde ainda comentou que "o princípio geral na circunstância atual é que a política fiscal e monetária não trabalhem com propósitos contraditórios".

Segundo ela, caso a política fiscal seja muito expandida, com muito estímulo, a monetária terá de ser mais apertada do que em outro cenário. "Portanto, é preciso haver uma boa coordenação", recomendou.

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