Economia

Presidente do BC do Japão recua em alerta sobre iene

Conselho decidiu por 8 votos a 1 manter a estratégia atual de expandir a base monetária ao ritmo anual de 80 trilhões de ienes


	O presidente dp Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: "não acredito que os declínios do iene estão causando danos severos à economia japonesa"
 (REUTERS / Yuya Shino)

O presidente dp Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: "não acredito que os declínios do iene estão causando danos severos à economia japonesa" (REUTERS / Yuya Shino)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 10h27.

Tóquio - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que a fraqueza atual do iene não está provocando danos severos à economia, diminuindo o tom de um alerta anterior aos mercados sobre pressionar a moeda a um patamar baixo demais.

Ele também descartou a visão defendida por alguns agentes do mercado de que o banco central pode ser dissuadido de ampliar seu estímulo monetário ainda mais devido ao risco ao iene fraco, como o impacto sentido por famílias com os preços de importação crescentes.

"No momento, não acredito que os declínios do iene estão causando danos severos à economia japonesa", disse Kuroda a repórteres nesta sexta-feira.

"Não há absolutamente qualquer verdade na visão de que o iene fraco vai privar a política monetária de flexibilidade".

O conselho do BC japonês decidiu por 8 votos a 1 manter a estratégia atual de expandir a base monetária ao ritmo anual de 80 trilhões de ienes (650 bilhões de dólares) via compras agressivas de ativos.

O banco central também manteve sua avaliação otimista da economia, conforme ela continua a se recuperar, e disse também que o investimento em moradias "parece estar acelerando", revisando para cima sua perspectiva em comparação à anterior.

Kuroda reiterou esperar que a inflação ao consumidor chegue à meta de 2 por cento do banco central por volta de setembro de 2016, um prazo que muitos analistas acreditam ser otimista demais.

O banco central também decidiu reduzir o número de reuniões de política monetária para oito a cada ano, contra as atuais 14, e disse que divulgará relatórios sobre projeções econômicas de longo prazo com maior frequência.

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