Presidente do BC confirma que a inflação está em queda
O presidente do BC também afirmou que qualquer impulso para atividade econômica gerado exclusivamente pela política monetária seria temporário
Reuters
Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 16h59.
São Paulo - O presidente do Banco Central , Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira que a inflação está declinando no Brasil e as expectativas estão bem ancoradas, abrindo espaço para afrouxamento monetário.
O presidente do BC também afirmou que qualquer impulso para atividade econômica gerado exclusivamente pela política monetária seria temporário.
"Persistência, serenidade e foco nos fundamentos econômicos são a chave para o crescimento sustentável do PIB e taxas de juros mais baixas no longo prazo", afirmo ele segundo apresentação em inglês publicada no site do BC.
O BC já deu início ao processo de afrouxamento monetário em meio a uma forte recessão enfrentada pela economia brasileira.
Nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual em cada uma, levando a Selic para 13,75 por ao ano.
Mais cedo, também em evento em São Paulo, o presidente do BC afirmou que haveria custos em postergar a busca pelo centro da meta de inflação e reforçou que a autoridade monetária "é sensível" ao nível de atividade.
Os analistas consultados pelo relatório Focus, do BC, já avaliam que a autoridade monetária está próxima de fazer com que a inflação fique dentro do limite da meta deste ano.
A projeção para a alta do IPCA em 2016 é de 6,52 por cento. Para o ano que vem, a previsão é de alta de 4,90 por cento.
Ilan também afirmou que o regime de câmbio flutuante funciona como uma defesa contra choques externos, mas que não impedia o BC de usar ferramentas para evitar volatilidade excessiva ou falta de liquidez no mercado.