Economia

Presidente do BC britânico afirma que Brexit vai elevar inflação

Mark Carney também reiterou a visão de que as taxas de juros devem subir nos próximos meses

Mark Carney: segundo ele, a menor abertura aos mercados estrangeiros e aos trabalhadores deve impulsionar a inflação e reduzir a produtividade (Joshua Roberts/Reuters)

Mark Carney: segundo ele, a menor abertura aos mercados estrangeiros e aos trabalhadores deve impulsionar a inflação e reduzir a produtividade (Joshua Roberts/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 14h51.

Washington - O presidente do banco central britânico, Mark Carney, afirmou que o Brexit deve elevar a taxa de inflação do Reino Unido e reiterou a nova visão do Banco da Inglaterra de que as taxas de juros devem subir nos próximos meses.

Carney, fazendo um discurso na sede do Fundo Monetário Internacional em Washington, disse que o processo de globalização que levou a uma integração mais profunda na economia mundial nas últimas décadas pressionou para baixo o aumento dos preços.

Mas o Brexit representou o oposto para o Reino Unido, pelo menos no curto prazo, uma vez que a menor abertura aos mercados estrangeiros e aos trabalhadores deve impulsionar a inflação e reduzir a produtividade, disse ele.

"Em suma, pode-se esperar que os efeitos da separação do Brexit sejam... inflacionários", disse ele. "Atualmente, a questão principal diz respeito à dimensão em que este ajuste foi antecipado".

A inflação britânica acelerou neste ano, em grande parte devido à queda no valor da libra desde a decisão do referendo em junho de 2016 de deixar a União Europeia.

O salto nos preços para quase 3 por cento --acima da meta de 2 por cento do Banco da Inglaterra-- reduziu o poder de compra de muitas famílias e desacelerou o crescimento da economia em geral.

O banco central britânico surpreendeu os mercados financeiros na semana passada, quando disse que a maioria de suas autoridades achava provável que seria necessário elevar os juros nos próximos meses, se a economia e as pressões inflacionárias continuarem crescendo.

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