A Casa Branca publicou um comunicado quase idêntico ao da Comissão, mas não mencionava uma "cooperação profunda" entre as duas regiões (Yves Herman/Reuters)
AFP
Publicado em 17 de julho de 2018 às 15h41.
Última atualização em 17 de julho de 2018 às 15h42.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, viajará em 25 de julho a Washington para se reunir com o presidente Donald Trump e tentar solucionar o conflito comercial que opõe os Estados Unidos e a União Europeia (UE), anunciou nesta terça-feira o Executivo europeu.
"O presidente Juncker e o presidente Trump trabalharão para melhorar o comércio transatlântico e construir uma associação econômica mais forte", afirma o comunicado da Comissão Europeia.
"Os dois dirigentes vão discutir sobre a cooperação profunda entre os governos e as instituições da União Europeia e dos Estados Unidos em um grande número de temas, como política exterior e segurança, a luta contra o terrorismo, a segurança energética e o crescimento econômico", acrescentou.
A Casa Branca publicou um comunicado quase idêntico ao da Comissão, mas diferentemente do texto europeu, não mencionava uma "cooperação profunda" entre as duas regiões.
A Comissão se negou a detalhar as intenções de Juncker no plano comercial desta reunião, que acontecerá na Casa Branca.
"Nós estamos preparando nossa estratégia e não seria oportuno de minha parte discuti-lo aqui", afirmou na terça-feira Margaritis Schinas, porta-voz da instituição, em coletiva de imprensa.
Segundo as fontes europeias, uma reunião entre os Estados-membros prevista para quarta-feira servirá para estabelecer a posição do bloco antes da viagem.
Bruxelas e Washington atravessam um conflito comercial desde 1 de junho, quando a segunda impôs tarifas sobre aço e alumínio europeus, citando "segurança nacional".
Os europeus replicaram imediatamente, estabelecendo impostos sobre uma série de produtos americanos emblemáticos, como manteiga de amendoim e motos Harley-Davidson.
Donald Trump ameaçou, então, impor tarifas adicionais de 20% sobre veículos importados da UE, uma medida que teria consequências muito mais duras que os impostos sobre o aço e o alumínio.