Economia

Preços no varejo de SP sobem 5,18% em um ano

Combustíveis, açougues e padarias são os principais vilões da inflação

Padaria em São Paulo: setor é um dos maiores responsáveis pela alta nos preços (Mario Rodrigues/Veja SP)

Padaria em São Paulo: setor é um dos maiores responsáveis pela alta nos preços (Mario Rodrigues/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2011 às 16h20.

São Paulo - Os preços no varejo da cidade de São Paulo ficaram praticamente estáveis em julho, com leve recuo de 0,02% apurado pelo Índice de Preços no Varejo (IPV) em relação a junho, de acordo com dados divulgados hoje pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Já no acumulado de 12 meses (de agosto de 2010 a julho de 2011), o IPV subiu 5,18%. No acumulado do ano (de janeiro a julho de 2011), a alta é de 1,93%.

De junho para julho, subiram os preços de combustíveis e lubrificantes (0,17%) e de produtos de padaria (0,54%). No mesmo período, foram registradas quedas nos itens de açougues (-0,54%), feiras (-2,05%) e no setor de eletroeletrônicos (-1,76%).

No acumulado de 12 meses, a alta de 5,18% do IPV é resultado principalmente da elevação nos preços de açougues (17,71%), combustíveis (12,48%), padarias (9,32%) e feiras (8,04%). No mesmo período, os eletroeletrônicos caíram 9,85%.

Setores

Os preços de produtos alimentícios nas feiras completaram cinco meses consecutivos de queda em julho. A retração no mês foi puxada pela variação das verduras (-6,83%), legumes (-4,44%) e frutas (-0,16%). Segundo a Fecomercio-SP, o resultado de julho demonstra que, após as instabilidades climáticas no começo do ano, os produtos in natura mantêm trajetória de realinhamento dos preços.

Nos açougues, houve quedas mensais consecutivas nos preços, o que tende a ser freado com o avanço das exportações. No segmento das padarias, a alta de julho foi impulsionada principalmente pelo aumento do preço dos frios e dos laticínios.

No caso dos combustíveis, a elevação nos últimos 12 meses aponta um descompasso entre a oferta menor de etanol e a demanda impulsionada pelo aumento da frota de veículos flex, de acordo com avaliação da Fecomercio-SP.

Já entre os eletroeletrônicos, a queda nos últimos meses é resultado da valorização do real ante o dólar, uma vez que os insumos importados utilizados na cadeia produtiva de bens duráveis também ficaram mais baratos, afirma a Fecomercio-SP.

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