Inflação ao consumidor nos EUA acelera e supera projeções em novembro
Taxa anualizada apontou variação de 6,8%, maior avanço desde junho de 1982, o que pode levar o Fed a intensificar o ritmo de retirada de estímulos à economia
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 11h08.
Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 11h28.
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos, medida pelo CPI, voltou a se acelerar em novembro, superando as estimativas de analistas e economistas de Wall Street. Os novos dados podem ser decisivos para os integrantes do Federal Reserve (o Fed ) concluírem que é momento de intensificar o tapering, o processo de retirada de estímulos via compra de títulos, na reunião do banco central americano na próxima semana.
O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,8% no mês passado, após alta de 0,9% em outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, dia 10. Na taxa anualizada, o índice teve variação de 6,8%, maior avanço anual desde junho de 1982, após uma alta em outubro de 6,2% na mesma base de comparação.
Economistas consultados pela Reuters previam acréscimo de 0,7% para o índice na margem e de 6,7% na taxa anualizada.
O custo de bens e serviços na maior economia do mundo tem subido em meio a restrições de oferta, tanto do ponto de vista de insumos na cadeia produtiva ( supply chain ) como de mão-de-obra disponível para o mercado de trabalho.
No início da semana, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que a escassez de mão-de-obra pode levar anos para ser solucionada. Segundo especialistas, uma das razões para o gargalo é o efeito causado pela pandemia, que deixou milhares de trabalhadores sem condições de voltar à ativa, além de mudanças demográficas.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice subiu 0,5% no mês passado, após avançar 0,6% em outubro. O chamado núcleo da inflação saltou 4,9% na base anual, após alta de 4,6% em outubro.
(Com a Reuters)