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Preços agrícolas no atacado preocupam, segundo FGV

Embora itens como arroz, milho, leite, trigo e mandioca pesem menos na composição do IPA-M, índice componente que mede o atacado, eles chegam mais rápido ao consumidor

A soja em grão, no IPA-M, passou de alta de 1,94% na segunda prévia de maio para 9,83%, agora (Divulgação/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 14h37.

Rio de Janeiro - Os preços agrícolas no atacado preocupam para além da soja, cuja aceleração foi destaque na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deste mês, divulgada nesta terça-feira, 18, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na avaliação do superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Salomão Quadros, embora itens como arroz, milho, leite, trigo e mandioca pesem menos na composição do IPA-M, índice componente que mede o atacado, eles chegam mais rápido ao consumidor.

"Houve uma aceleração muito rápida nas matérias-primas agrícolas. Isso vai chegar ao IPC", afirmou Quadros. Por causa de seu peso no cálculo do índice, a soja foi a principal responsável pela aceleração do IPA-M, que passou de uma deflação de 0,20% na segunda prévia de maio, para uma inflação de 0,60% na prévia anunciada nesta terça-feira.

Puxado pelo IPA-M, a segunda prévia do IGP-M de junho ficou em 0,74%, acima da taxa de 0,01% registrada na segunda prévia de maio e acima também das estimativas de analistas.

A soja em grão, no IPA-M, passou de alta de 1,94% na segunda prévia de maio para 9,83%, agora. "A soja tem o maior impacto numérico, mas a novidade é que houve aceleração em outras matérias-primas agrícolas importantes para o IPC", explicou Quadros.


Os efeitos no IPC-M, componente que mede os preços ao consumidor, ainda não chegou. Na segunda prévia deste mês, o IPC-M teve alta de 0,38% em comparação com o aumento de 0,31% na segunda prévia de maio. O grupo "Alimentação" apresentou o mesmo resultado da apuração de maio: 0,22%. Na composição, porém, o IPC-M já apresenta alguns sinais da transmissão, destacou Quadros.

Um bom exemplo está na cadeia de panificação. No atacado, o preço do trigo como matéria-prima tinha registrado deflação de 1,96% na segunda prévia de maio. Agora, passou a uma inflação de 2,50%. Para o consumidor, os preços do item "panificados e biscoitos" tinham inflação de 0,43% na segunda prévia de maio e agora passaram para 1,46%.

Também pesou na aceleração do IGP-M o INCC, que capta os preços no setor da construção, e registrou taxa positiva de 2,41% na segunda prévia do indicador deste mês, após registrar elevação de 0,68% na segunda prévia de maio.

Segundo Quadros, porém, o avanço no INCC já era esperado, por causa do custo da mão de obra - maio é o mês do reajuste salarial na construção civil de São Paulo. Perguntado sobre os efeitos da valorização do dólar, Quadros explicou que algum impacto já pode estar ocorrendo nos preços da soja. "Mas o IPC ainda está longe de receber esses efeitos", destacou o pesquisador do Ibre/FGV.

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Rio de Janeiro - Os preços agrícolas no atacado preocupam para além da soja, cuja aceleração foi destaque na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deste mês, divulgada nesta terça-feira, 18, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na avaliação do superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Salomão Quadros, embora itens como arroz, milho, leite, trigo e mandioca pesem menos na composição do IPA-M, índice componente que mede o atacado, eles chegam mais rápido ao consumidor.

"Houve uma aceleração muito rápida nas matérias-primas agrícolas. Isso vai chegar ao IPC", afirmou Quadros. Por causa de seu peso no cálculo do índice, a soja foi a principal responsável pela aceleração do IPA-M, que passou de uma deflação de 0,20% na segunda prévia de maio, para uma inflação de 0,60% na prévia anunciada nesta terça-feira.

Puxado pelo IPA-M, a segunda prévia do IGP-M de junho ficou em 0,74%, acima da taxa de 0,01% registrada na segunda prévia de maio e acima também das estimativas de analistas.

A soja em grão, no IPA-M, passou de alta de 1,94% na segunda prévia de maio para 9,83%, agora. "A soja tem o maior impacto numérico, mas a novidade é que houve aceleração em outras matérias-primas agrícolas importantes para o IPC", explicou Quadros.


Os efeitos no IPC-M, componente que mede os preços ao consumidor, ainda não chegou. Na segunda prévia deste mês, o IPC-M teve alta de 0,38% em comparação com o aumento de 0,31% na segunda prévia de maio. O grupo "Alimentação" apresentou o mesmo resultado da apuração de maio: 0,22%. Na composição, porém, o IPC-M já apresenta alguns sinais da transmissão, destacou Quadros.

Um bom exemplo está na cadeia de panificação. No atacado, o preço do trigo como matéria-prima tinha registrado deflação de 1,96% na segunda prévia de maio. Agora, passou a uma inflação de 2,50%. Para o consumidor, os preços do item "panificados e biscoitos" tinham inflação de 0,43% na segunda prévia de maio e agora passaram para 1,46%.

Também pesou na aceleração do IGP-M o INCC, que capta os preços no setor da construção, e registrou taxa positiva de 2,41% na segunda prévia do indicador deste mês, após registrar elevação de 0,68% na segunda prévia de maio.

Segundo Quadros, porém, o avanço no INCC já era esperado, por causa do custo da mão de obra - maio é o mês do reajuste salarial na construção civil de São Paulo. Perguntado sobre os efeitos da valorização do dólar, Quadros explicou que algum impacto já pode estar ocorrendo nos preços da soja. "Mas o IPC ainda está longe de receber esses efeitos", destacou o pesquisador do Ibre/FGV.

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