Preço do feijão deve cair com a chegada da nova safra
São Paulo O preço do feijão poderá diminuir nos próximos meses, segundo dois especialistas ouvidos pela Agência Brasil. O pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, José Sidnei Gonçalves e o corretor do produto na bolsa do Feijão de São Paulo, Valdemar Ortega, afirmaram que, com a entrada no mercado das safras de Minas Gerais […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo O preço do feijão poderá diminuir nos próximos meses, segundo dois especialistas ouvidos pela Agência Brasil. O pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, José Sidnei Gonçalves e o corretor do produto na bolsa do Feijão de São Paulo, Valdemar Ortega, afirmaram que, com a entrada no mercado das safras de Minas Gerais e de Goiás, o preço do produto deverá cair.
"Do meio de julho para frente começa a entrar feijão novo. Se o plantio for consistente, os preços devem cair", ressalta Sidnei Gonçalves.
Segundo o pesquisador, a alta do preço do feijão teve início em 2009 quando a produção foi acima da média. Com excesso de produto no mercado, os preços caíram e desestimularam os produtores a plantarem para a safra seguinte. Segundo o pesquisador, a saca de 60 quilos (kg) do produto, que hoje custa R$ 130, chegou a ser vendida por R$ 45. Com esse preço, e o custo de produção de R$ 78 a R$ 80 reais a saca, não compensa plantar feijão, disse Gonçalves.
Além do excesso de produto no mercado, as chuvas intensas que atingiram a Região Sul e Sudeste do país nos primeiros meses do ano, contribuíram para diminuir ainda mais a quantidade do produto no mercado e aumentar o seu preço.
"Essa situação já está se normalizando, já começou a ser colhida a safra dos estados centrais, principalmente Minas e Goiás. O problema deve desaparecer dentro de um mês e meio", ressalta o corretor Valdemar Ortega.
De acordo com o Procon de São Paulo, em maio, o preço do feijão carioquinha (pacote de 1 kg) apresentou alta de 57,62%. Foi o segundo mês consecutivo de altas expressivas, depois de sete meses de queda. Foi a maior variação mensal desde maio de 1998, quando o produto registrou alta de 58,72% em relação ao mês anterior. A variação acumulada no ano é de 83,89%.