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Preço do diesel está 14% acima do praticado no mercado internacional, diz Abicom

Para atingir a paridade seria possível uma redução de R$ 0,64 por litro, informa a entidade

O mercado de petróleo tem mostrado grande volatilidade, com altas e quedas seguidas, mas mantendo o preço da commodity abaixo dos US$ 100 o barril nos últimos dias (ResoneTIC/Pixabay/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 12h13.

Última atualização em 8 de agosto de 2022 às 12h30.

Com o petróleo em queda e o dólar mais fraco, o preço do diesel no mercado brasileiro está 14% acima do praticado no mercado internacional, no quarto dia após a queda de R$ 0,20 por litro concedida pela Petrobras nas suas refinarias, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgado nesta segunda-feira, 8.

Para atingir a paridade seria possível uma redução de R$ 0,64 por litro, informa a entidade.

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O último reajuste no preço do diesel pela Petrobras — uma queda de 3,5% — começou a vigorar na última sexta-feira, 5.

A queda surpreendeu analistas, já que, uma semana antes, diretores da estatal disseram que ainda era cedo para alterar o preço, com o mercado global de combustíveis ainda apresentando grande volatilidade.

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A empresa tem como política mudar os preços apenas quando houver uma mudança estrutural, e não apenas conjuntural.

O mercado de petróleo tem mostrado grande volatilidade, com altas e quedas seguidas, mas mantendo o preço da commodity abaixo dos US$ 100 o barril nos últimos dias.

Gasolina

A gasolina teve duas reduções consecutivas pela Petrobras no final de julho, totalizando um desconto de R$ 0,35 por litro nas refinarias da estatal. Nesta segunda-feira, o preço no mercado interno está 8% acima do praticado no Golfo do México, usado como referência pelos importadores, uma diferença de R$ 0,28 por litro.

O governo tem pressionado a empresa para que reduza o preço dos combustíveis. Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro elogiou a queda do diesel e disse esperar mais reduções por parte da Petrobras, que ainda domina o mercado de refino no Brasil.

A Acelen, controladora da refinaria de Mataripe, privatizada no final do ano passado e responsável por 14% do fornecimento de derivados no País, tem feito reajustes semanais da gasolina e do diesel, e, desta maneira, tem acompanhado a paridade internacional mais de perto do que a Petrobras. O preço da refinaria está apenas 5% acima da paridade internacional, tanto para o diesel quanto para a gasolina.

Na sexta-feira, a Acelen reduziu o diesel em 7,5% em alguns mercados, ficando em média com os preços abaixo dos praticados pela Petrobras. Já o preço da gasolina caiu 9%, também em alguns mercados, enquanto outros permaneceram estáveis.

(Estadão Conteúdo)

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