Economia

Preço do diesel: como vai ficar? Entenda as mudanças feitas pelo governo

Petrobras anunciou redução de preço, mas governo retomará taxas sobre o combustível a partir de 1º de janeiro

Diesel: combustível terá reoneração a partir de janeiro (FeelPic/Thinkstock)

Diesel: combustível terá reoneração a partir de janeiro (FeelPic/Thinkstock)

Publicado em 27 de dezembro de 2023 às 10h16.

A partir desta quarta, 27, o preço do diesel nas distribuidoras foi reduzido em R$ 0,30 por litro pela Petrobras. No entanto, a vantagem ao consumidor deve durar poucos dias.

Com a baixa, o preço do diesel nas refinarias passou a ser de R$ 3,48 por litro. Para o consumidor final, o preço nos postos deve cair R$ 0,26, já que o combustível leva 12% de biodiesel. Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o diesel tem preço final médio de R$ 5,98 por litro no país.

A questão é que, a partir de 1º de janeiro de 2024, o governo federal vai retomar a cobrança de taxas sobre o diesel, o que deve elevar o preço em cerca de R$ 0,30 por litro, anulando o ganho com o abatimento desta quarta.

O governo defende que o preço deve cair na comparação mensal, pois houve outra redução do preço do diesel, no começo de dezembro.

"Essa reoneração vai ser feita, mas o impacto da reoneração é de pouco mais de R$ 0,30 e o impacto da redução do preço já anunciado pela Petrobras no mês de dezembro é de mais de 50%", explicou Fernando Haddad, ministro da Fazenda. "A partir do dia 1º de janeiro, se comparar o preço do diesel com o dia 1º dezembro de 2023, você tem uma queda do preço da Petrobras mesmo com a reoneração. Não tem razões para aumentar, tem razões para diminuir."

Em março de 2022, o governo de Jair Bolsonaro zerou as alíquotas de PIS/Cofins sobre o diesel, com a justificativa de conter os efeitos da alta do petróleo no país, gerada pelo início da Guerra na Ucrânia. A medida valeria inicialmente dois meses, mas foi sendo estendida até agora. Quando tomou posse, em janeiro, Lula manteve o benefício, que será encerrado agora.

No começo de 2023, a equipe econômica de Lula estinou que o governo poderia arrecadas mais de R$ 50 bilhões por ano com a volta da cobrança.

Com AE e Agência O Globo.

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