Economia

Preço de produtos típicos do verão aumentam quase 10% neste ano

A pesquisa, realizada pela FGV, selecionou 22 produtos consumidos tipicamente durante o verão, como passagens aéreas, frutas e refrigerantes

Preços: os principais vilões foram passagens aéreas (35,92%), refrigerantes light/diet (16,16%) e frutas (14,99%) (foto/Thinkstock)

Preços: os principais vilões foram passagens aéreas (35,92%), refrigerantes light/diet (16,16%) e frutas (14,99%) (foto/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 18h05.

Rio - Produtos tipicamente consumidos no verão estão 9,25% mais caros neste ano, mostra estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

A lista de produtos selecionados pela FGV inclui 22 itens, e 9,25% é a variação média dos preços entre janeiro e dezembro de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015.

Essa cesta de produtos do verão registrou inflação maior do que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV, que fechou 2016 com alta de 6,18%.

"Os principais vilões foram passagens aéreas (35,92%), refrigerantes light/diet (16,16%) e frutas (14,99%), que registraram os aumentos mais expressivos", diz uma nota divulgada pela FGV.

Apesar da inflação, alguns produtos ficaram mais baratos no período. "Erva mate (-12,05%), hotel (-1,62%), excursão e tour (-1,56%) apresentaram quedas em seus preços", diz a nota.

Segundo a FGV, o pesquisador André Braz, autor do estudo, ponderou que é preciso levar em consideração que houve aumento na taxação das bebidas.

"As passagens áreas, por conta da redução da concorrência e da influência do dólar, permaneceram em um patamar elevado. Em contrapartida, a recessão colaborou para a redução dos preços relativos à hotelaria e aos eletrodomésticos", diz a nota da FGV.

Eletrodomésticos como ar condicionado (3,13%), geladeira e freezer (3,47%) e ventiladores (5,96%) subiram menos do que o IPC.

O forte calor dos últimos dias pode manter esses preços pressionados. "Essa inflação medida é aquela que se acumulou do verão passado até esse. Contudo, devido ao forte calor, ainda podem ocorrer novos aumentos por conta da lei da oferta e da procura. E o aumento do calor é um item sobre o qual não temos controle", completou Braz, conforme a nota da FGV.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoFGV - Fundação Getúlio VargasPreços

Mais de Economia

Coluna: Potenciais impactos da estiagem neste ano no Brasil

Foz do Amazonas: Alcolumbre se reúne com presidente da Petrobras e diz que Ibama 'boicota país'

BC da Argentina faz 7º corte de juros no governo Milei; taxa vai a 35% ao ano

Pré-sal tem recorde de produção em setembro