Economia

Preço da energia no curto prazo fica abaixo do teto

Pela 1ª vez no ano, o valor da energia elétrica no mercado de curto prazo ficou abaixo do teto no Sudeste, Sul e Nordeste


	Energia elétrica: um fator que pesou para a redução foi o armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Energia elétrica: um fator que pesou para a redução foi o armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 19h54.

São Paulo/Brasília - O valor da energia elétrica no mercado de curto prazo, dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), ficou abaixo do teto nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste pela primeira vez no ano, informou nesta sexta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mas as chamadas Bandeiras Tarifárias continuarão vermelhas em junho, indicando ainda custos elevados na geração.

Segundo a CCEE, o PLD para a próxima semana foi fixado em uma média de 370,41 reais por megawatt-hora (MWh) em todos os submercados do país, abaixo do teto de 388,48 reais.

Um fator que pesou para a redução no PLD foi o armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas, equivalente a 1,3 mil MW médios acima do previsto em todo o sistema.

Apesar disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira a manutenção das bandeiras tarifárias vermelhas para o mês de junho, que indicam custo maiores na geração e levam a um acréscimo, nas contas dos consumidores, de 5,50 reais para cada 100 quilowatts-hora utilizados.

A demanda por eletricidade no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve subir apenas 0,3 por cento em junho ante mesmo mês de 2014, puxada pela alta de 6,5 por cento no Nordeste, estimou nesta sexta-feira relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Enquanto a carga no Nordeste deve subir 6,5 por cento, a do Sudeste/Centro-Oeste, principal consumidora de energia do país, deve ver recuo de 1,6 por cento, segundo o relatório Informe do Programa Mensal de Operação, divulgado semanalmente.

Para a região Sul, a expectativa é de estabilidade para junho, enquanto para o Norte espera-se alta de 2,9 por cento.

Além disso, o ONS espera que as chuvas que chegarão às represas de hidrelétricas do Sudeste em junho fiquem dentro de 90 por cento da média histórica. Isso deve ajudar, junto com a perspectiva de queda na demanda por energia, a elevar o nível operativo dos reservatórios das usinas da região para 36,7 por cento no fim do mês, ante 35,8 por cento na véspera.

Mas para o Nordeste, a expectativa para as afluências é de 57 por cento, com as represas das usinas da região devendo exibir no final do mês que vem nível operativo de 24,6 por cento abaixo dos 27 por cento da véspera.

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