Economia

Pré-Sal Petróleo marca novo leilão de petróleo da União para 31 de agosto

Serão ofertados no próximo leilão 3 milhões de barris de petróleo oriundos da Área de Desenvolvimento de Mero e dos Campos de Lula e Sapinhoá

Pré-sal: vencedor poderá obter toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga (Petrobras/Divulgação)

Pré-sal: vencedor poderá obter toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga (Petrobras/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2018 às 15h27.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 18h56.

Rio de Janeiro - A Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar os interesses da União nos contratos de partilha, vai realizar em 31 de agosto um novo leilão de petróleo da União na bolsa paulista B3, informou a empresa em comunicado à imprensa, após não ter conseguido vender volumes em um certame anterior em maio.

Serão ofertados no próximo leilão 3 milhões de barris de petróleo referentes à produção estimada somada de um ano da União nos campos de Mero (1,8 milhão de barris), Sapinhoá (115 mil) e Lula (1,1 milhão), todos na Bacia de Santos.

O vencedor poderá obter toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga, de acordo com a proposta de preços ofertada no leilão. Os três contratos serão leiloados em uma única sessão pública e poderão ser adquiridos por um único comprador ou empresas diferentes.

"A expectativa é ótima", disse o presidente da PPSA, Ibsen Flores, por telefone, nesta terça-feira, reiterando a previsão apresentada em entrevista anterior à Reuters, de que espera que as regras do novo certame atraiam concorrência.

O volume a ser ofertado desta vez é maior que os 1,8 milhão de barris de petróleo oferecidos no leilão anterior que não obteve lances, em maio, uma vez que o novo período de venda da commodity irá compreender uma maior produção de petróleo da União, com início após setembro, explicou Flores.

No caso do lote de Mero, a oferta anterior foi de 1,6 milhão de barris. No caso de Lula, a oferta anterior havia sido de 600 mil barris de petróleo.

Segundo Flores, a mudança é porque o governo apenas passará a ter direito a volumes de petróleo de Lula --maior produtor do país-- em cerca de setembro e outubro.

Em Sapinhoá, o volume será muito semelhante ao ofertado anteriormente, de 120 mil barris de petróleo.

Caso tenha sucesso, será a primeira vez que a União terá comercializado petróleo em leilão. A venda é importante para que o governo atinja sua meta de levantar 1 bilhão de reais com a negociação de óleo e gás do pré-sal neste ano.

A expectativa, segundo Flores, é que em 2019 e 2020 sejam leiloados pela União também cerca de 3 milhões de barris, por ano.

A partir de 2021, quando está prevista a primeira plataforma definitiva de Mero, os volumes a serem leiloados devem crescer.

Até o momento, o governo vendeu três cargas de petróleo neste ano, duas de 500 mil barris e uma de 250 mil barris, além de um contrato de gás natural, de 230 mil metros cúbicos por dia, todos para a Petrobras. Os valores não foram publicados.

A PPSA publicou nesta terça-feira em seu site o pré-edital do leilão, que ficará aberto para consulta pública até o dia 25 de julho. Durante o período, a empresa receberá sugestões e dúvidas, responderá às manifestações e realizará eventuais alterações no edital.

A sessão pública do 2º Leilão de Petróleo da União poderá acontecer em duas etapas: a primeira, de maior de ágio, e a segunda de menor deságio. Ambas as etapas do leilão poderão ter lances em viva-voz.

O valor para aquisição dos contratos terá como base o Preço de Referência do Petróleo (PRP) publicado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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