Carne Suína pode ser beneficiada com a possível elevação da tarifa de importação da China aos Estados Unidos (Yasuyoshi Chiba/AFP)
Reuters
Publicado em 23 de março de 2018 às 14h30.
Última atualização em 23 de março de 2018 às 14h47.
Rio de Janeiro - Os embarques brasileiros de carne suína podem ser beneficiados com a possível elevação da tarifa de importação da China aos Estados Unidos, afirmou em nota nesta sexta-feira o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.
A afirmação foi feita após o anúncio do Ministério do Comércio chinês sobre a possibilidade de aumento para 25 por cento das tarifas para produtos suínos norte-americanos.
Em 2017, os Estados Unidos exportaram para a China o equivalente a 275 mil toneladas de carne suína in natura, gerando receita de 488 milhões de dólares, disse a ABPA, citando números do Trademap.
No mesmo período, conforme a ABPA, o Brasil embarcou 48,9 mil toneladas para o território chinês, com receita de 100,6 milhões de dólares.
Segundo Turra, os importadores chineses já vinham incrementando suas compras desde janeiro deste ano. No bimestre, a alta acumulada chega a 140 por cento, com 25,5 mil toneladas embarcadas, destacou.
Com o embargo russo, Turra destacou que a China assumiu, em fevereiro, a liderança entre os maiores compradores de carne suína do Brasil, importando 11,959 mil toneladas no mês (o equivalente a 28,4 por cento do total).
"Houve um notável incremento nos negócios com o mercado chinês no primeiro bimestre deste ano. Neste contexto, o Brasil sempre manifestou seu interesse em fortalecer as parcerias pela segurança alimentar na China", disse Turra na nota.
"Vemos que, a partir deste novo cenário, esta parceria pode ser significativamente ampliada, reduzindo os impactos do embargo russo."