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Política de juros do BC caminha para patamar ‘bastante contracionista’, diz diretor

Diogo Gullen disse que ainda é cedo para discutir uma eventual interrupção no ciclo de alta de juros

Agência o Globo
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Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 13h44.

Última atualização em 13 de janeiro de 2025 às 13h48.

O diretor de política econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen disse nesta segunda-feira ter pouca dúvida de que a política de juros da autoridade econômica está em um patamar contracionista, e se encaminha para um nível "bastante contracionista".

As declarações foram feitas em evento da Bradesco Asset nesta segunda.

"Tenho pouca dúvida de que a gente está contracionista e está indo para bastante contracionista, quanto a isso tenho pouca dúvida", afirmou Guillen.

Uma política de juros contracionista consiste em aumentar a taxa de juros para tentar reduzir o consumo da população e controlar a inflação.

O diretor também afirmou ser cedo para discutir o momento em que o BC vai interromper o ciclo de alta de juros.

"É difícil dar uma resposta concreta sobre a hora de parar, já que parar é sempre delicado".

Em sua última reunião, em dezembro, o BC decidiu aumentar a Selic, taxa básica de juros, para 12,25% ao ano.

Durante sua apresentação no evento, o diretor do BC disse ainda que o Brasil mostra uma dinâmica diferente da de outros mercados emergentes, por ter expectativas de juros acima dos níveis vistos antes da pandemia.

O dirigente relembrou que a autoridade monetária ainda prevê duas elevações de um ponto na Selic diante de um cenário “adverso”.

"Como migramos de um cenário mais incerto para um mais adverso, com materialização dos riscos, isso nos permitiu dar mais previsibilidade e indicar as próximas decisões e um ciclo maior. Por isso, indicamos duas reuniões à frente, com barra alta para alterar", disse durante participação na live.

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