Policiais britânicos aderem a protestos contra reforma
Cerca de 20 mil policiais participam de uma passeata pelas ruas de Londres
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 11h27.
Londres - Milhares de policiais britânicos participam de uma manifestação nesta quinta-feira no centro de Londres durante a greve de 24 horas iniciada por empregados do setor público do Reino Unido em protesto pelas mudanças do sistema de previdência do país.
Cerca de 20 mil policiais, com cartazes contrários aos planos do Governo de coalizão sobre a previdência, participam de uma passeata pelas ruas de Londres, que terminará diante do Parlamento. Também participam da greve professores, agentes penitenciários, empregados dos ministérios, entre outros.
A paralisação afetou os trabalhos em tribunais, escritórios de busca de emprego, aeroportos e até no Parlamento. Diante da preocupação sobre a situação nas prisões, fontes governamentais informaram nesta quinta que o Ministério da Justiça pode tomar medidas legais para forçar a volta ao trabalho.
Os sindicatos estimam que 400 mil empregados se unam à iniciativa por todo o país e participem de diversas manifestações como forma de expressar seu descontentamento com as mudanças da previdência.
A reforma do Governo inclui o aumento das contribuições e da idade de aposentadoria de 65 a 67 anos em 2028, o que obrigará os empregados a trabalhar por mais anos, contribuir mais e receber menos quando estiverem aposentados.
Um porta-voz do primeiro-ministro, David Cameron, disse nesta quinta que o Governo herdou uma difícil situação fiscal da Administração anterior, o que obrigou a realização de cortes em todos os setores. 'Enfrentar este déficit implica tomar decisões duras. Uma delas foi a reforma da previdência do setor público', afirmou.
Já o ministro do Gabinete, Francis Maude, falou que a greve 'não faz sentido' e ressaltou que o Governo seguirá adiante com a medida. 'Nossas reformas garantem que as pensões do setor público sigam sendo uma das melhores. Só pedimos aos empregados públicos que trabalhem e paguem um pouco mais', especificou Maude.
O secretário-geral do sindicato Unite, do setor público, Gail Cartmail, disse nesta quinta que a greve evidencia a insatisfação dos trabalhadores. 'Há um maior descontentamento pela insistência do Governo de que os empregados do setor público trabalhem mais, paguem mais (ao fundo de previdência) e recebam menos quando se aposentem', acrescentou.
Cartmail ainda destacou que o sindicato acredita que a reforma é uma maneira de reduzir o déficit fiscal, de acordo com ele, provocado pelos banqueiros do país. 'Isto é totalmente injusto', disse.
A porta-voz trabalhista de Interior, Yvette Cooper, que decidiu participar da passeata, disse aos meios de comunicação britânicos que foram cortados milhares de postos policiais em todo o país e qualificou esta situação de irresponsável. 'O alcance destes cortes é muito prejudicial', afirmou.
O Governo de coalizão, formado por conservadores e liberal democratas, aplicou em outubro de 2010 um programa de austeridade para reduzir o déficit fiscal, que em março alcançou 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Londres - Milhares de policiais britânicos participam de uma manifestação nesta quinta-feira no centro de Londres durante a greve de 24 horas iniciada por empregados do setor público do Reino Unido em protesto pelas mudanças do sistema de previdência do país.
Cerca de 20 mil policiais, com cartazes contrários aos planos do Governo de coalizão sobre a previdência, participam de uma passeata pelas ruas de Londres, que terminará diante do Parlamento. Também participam da greve professores, agentes penitenciários, empregados dos ministérios, entre outros.
A paralisação afetou os trabalhos em tribunais, escritórios de busca de emprego, aeroportos e até no Parlamento. Diante da preocupação sobre a situação nas prisões, fontes governamentais informaram nesta quinta que o Ministério da Justiça pode tomar medidas legais para forçar a volta ao trabalho.
Os sindicatos estimam que 400 mil empregados se unam à iniciativa por todo o país e participem de diversas manifestações como forma de expressar seu descontentamento com as mudanças da previdência.
A reforma do Governo inclui o aumento das contribuições e da idade de aposentadoria de 65 a 67 anos em 2028, o que obrigará os empregados a trabalhar por mais anos, contribuir mais e receber menos quando estiverem aposentados.
Um porta-voz do primeiro-ministro, David Cameron, disse nesta quinta que o Governo herdou uma difícil situação fiscal da Administração anterior, o que obrigou a realização de cortes em todos os setores. 'Enfrentar este déficit implica tomar decisões duras. Uma delas foi a reforma da previdência do setor público', afirmou.
Já o ministro do Gabinete, Francis Maude, falou que a greve 'não faz sentido' e ressaltou que o Governo seguirá adiante com a medida. 'Nossas reformas garantem que as pensões do setor público sigam sendo uma das melhores. Só pedimos aos empregados públicos que trabalhem e paguem um pouco mais', especificou Maude.
O secretário-geral do sindicato Unite, do setor público, Gail Cartmail, disse nesta quinta que a greve evidencia a insatisfação dos trabalhadores. 'Há um maior descontentamento pela insistência do Governo de que os empregados do setor público trabalhem mais, paguem mais (ao fundo de previdência) e recebam menos quando se aposentem', acrescentou.
Cartmail ainda destacou que o sindicato acredita que a reforma é uma maneira de reduzir o déficit fiscal, de acordo com ele, provocado pelos banqueiros do país. 'Isto é totalmente injusto', disse.
A porta-voz trabalhista de Interior, Yvette Cooper, que decidiu participar da passeata, disse aos meios de comunicação britânicos que foram cortados milhares de postos policiais em todo o país e qualificou esta situação de irresponsável. 'O alcance destes cortes é muito prejudicial', afirmou.
O Governo de coalizão, formado por conservadores e liberal democratas, aplicou em outubro de 2010 um programa de austeridade para reduzir o déficit fiscal, que em março alcançou 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB).