Pobreza: em 2015, cerca de 25 milhões de crianças na UE, ou seja, 26,9% da população entre 0 e 17 anos, estavam ameaçadas pela pobreza ou exclusão social (Getty Images)
AFP
Publicado em 16 de novembro de 2016 às 13h22.
Uma em cada quatro crianças na União Europeia está em risco de exclusão social e pobreza, indicou nesta quarta-feira o instituto de estatísticas europeu, Eurostat, que aponta para um aumento nos países do sul da Europa.
"Em 2015, cerca de 25 milhões de crianças na UE, ou seja, 26,9% da população entre 0 e 17 anos, estavam ameaçadas pela pobreza ou exclusão social", disse em um comunicado a Eurostat, por ocasião do Dia Mundial da Infância em 20 de novembro.
Entre 2010 e 2015, o número de crianças em risco diminuiu ligeiramente no bloco europeu de 27,5% para 26,9%, enquanto que aumentou nos países do sul da Europa, mais atingidos pelas consequências da crise financeira de 2008, como Espanha (de 33,3% para 34,4% para quase 2,9 milhões) e Portugal (28,7% para 29,6%, cerca de 536 mil a menos no total em 2015).
A Grécia, submetida desde 2010 a uma série de programas de resgate em troca de reformas difíceis, lidera o aumento na UE deste grupo vulnerável, de 28,7% em 2010 para 37,8%, cinco anos depois, para 710.000 crianças.
Os países nórdicos - Suécia, Finlândia e Dinamarca - registraram o menor risco de exclusão social e pobreza na UE, abaixo de 16%.
A Romênia e a Bulgária, por sua vez, apresentaram o maior percentual em 2015, acima de 43%.
Eurostat leva em consideração em seus cálculos, as famílias em risco de pobreza econômica, em situação de grave privação material, como aquelas que não podem pagar o aluguel ou aquecimento, e as famílias onde os membros trabalham menos de 20% do tempo máximo estipulado.
De acordo com o instituto de estatísticas, a proporção de crianças em risco de pobreza e exclusão social diminui à medida que o nível de educação dos pais aumenta.