Economia

Pobreza atinge 41% da população da Argentina no primeiro semestre

Pandemia atingiu fortemente sua economia e o FMI estima que fechará este ano com uma contração de 9,9% do PIB

Argentina: o país, com uma inflação anual de mais de 40%, está em recessão desde 2018 (NurPhoto/Getty Images)

Argentina: o país, com uma inflação anual de mais de 40%, está em recessão desde 2018 (NurPhoto/Getty Images)

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AFP

Publicado em 30 de setembro de 2020 às 18h50.

Última atualização em 30 de setembro de 2020 às 18h59.

A taxa de pobreza na Argentina subiu para 40,9% da população no primeiro semestre deste ano, com 10,5% de indigência, um dos piores registros da história do país, informou o Instituto de Estatística (Indec). 

No final de 2019, a taxa de pobreza era de 35,5% e a indigência de 8%.

Na comparação interanual, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou 5,5 pontos percentuais, e na indigência 2,8 pontos percentuais.

"Aos poucos, chegamos perto de metade da população que não tem condições de comprar com sua renda uma cesta básica de consumo essencial. Isso é muito preocupante porque tem um percentual muito alto de crianças e adolescentes", disse à AFP o economista Ricardo Aronskind.

No primeiro semestre deste ano, a renda familiar média mensal total das famílias pobres foi de 25.759 pesos (cerca de 320 dólares pelo câmbio oficial), mas a cesta básica atingiu 43.785 pesos (cerca de 545 dólares), uma diferença de 41,2%, segundo o Indec.

Em termos de faixas etárias, 56,3% das pessoas de zero a 14 anos são pobres.

A Argentina, com uma inflação anual de mais de 40%, está em recessão desde 2018. A pandemia de covid-19 atingiu fortemente sua economia e o Fundo Monetário Internacional estima que fechará este ano com uma contração de 9,9% do produto interno bruto.

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