Economia

PNAD aponta queda das desigualdades, garante IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2012 mostra que as desigualdades seguem tendência de queda, segundo presidente do IBGE


	Favela Real Parque, em São Paulo: "a desigualdade de fato diminuiu", segundo a presidente do IBGE, Wasmália Bivar
 (Levi Mendes Jr.)

Favela Real Parque, em São Paulo: "a desigualdade de fato diminuiu", segundo a presidente do IBGE, Wasmália Bivar (Levi Mendes Jr.)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 14h29.

Rio da Janeiro – A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2012 mostra que as desigualdades seguem tendência de queda no Brasil, segundo a presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália Bivar.

“O índice de Gini [que mede a desigualdade de rendimentos] mostrou uma redução histórica no caso da renda do trabalho, que ficou abaixo do 0.5 no Brasil como um todo”, comentou ela. De acordo com a metodologia do índice, quanto mais próximo de zero o valor, menor a desigualdade.

“Para o índice nacional, a desigualdade de fato diminuiu. No que diz respeito às outras variáveis, observamos a manutenção de certas tendências de melhoramento, aperfeiçoamento das condições do mercado de trabalho, dos domicílios e em alguns indicadores da educação, como taxa de frequência e aumento dos anos de estudo”, comentou a presidente do IBGE, durante o lançamento da pesquisa, na manhã (27) de hoje.

Entretanto, a pesquisa apresentou alguns resultados insatisfatórios como os do analfabetismo, que parou de cair; do trabalho infantil, cujo ritmo de queda diminuiu; e o índice de Gini de todas as fontes, que se manteve estável após oito anos de queda. Outra informação ruim foi o aumento da diferença dos salários entre homens e mulheres. Esse fenômeno, segundo Wasmália, dificilmente é uma tendência que se mantenha.

“Historicamente, a tendência é redução da desigualdade entre homens e mulheres. Um ponto como esse [da Pnad divulgada hoje] ocorre em função de composições setoriais da ocupação. Precisamos de mais tempo para ver como se comporta essa variável, e nós mulheres estamos atentas a isso”, opinou.

A economista ressaltou, de outro lado, alguns ganhos das famílias, como o aumento da posse de bens duráveis, que cresceu 2,5% no período, e do acesso à internet, a celulares e a computadores.

“Acredito que a tendência é que a gente vá crescendo todos os anos nessa abrangência, de forma sistemática, à medida que cresce também a oferta dos serviços, pois não depende só da capacidade do domicílio de adquirir esse bem, é preciso que os serviços também acompanhem essa demanda”, declarou ela.

Acompanhe tudo sobre:AnalfabetismoEstatísticasIBGEInternetPNADSalários

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor