Economia

PMI: Serviços voltam a crescer e criam empregos pela 1ª vez em 3 anos

O PMI de serviços do Brasil divulgado pelo IHS Markit avançou a 50,5 em outubro de 46,4 no mês anterior

Serviços: como resultado, o setor registrou criação de empregos pela primeira vez em 44 meses (Reza Estakhrian/Getty Images/Getty Images)

Serviços: como resultado, o setor registrou criação de empregos pela primeira vez em 44 meses (Reza Estakhrian/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 10h13.

São Paulo - O setor de serviços do Brasil voltou a crescer após dois meses em outubro diante da recuperação na quantidade de novos trabalhos, levando ao primeiro aumento no nível de empregos em mais de três anos e meio, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta terça-feira.

O PMI de serviços do Brasil divulgado pelo IHS Markit avançou a 50,5 em outubro de 46,4 no mês anterior, indo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração graças ao aumento da produção nas empresas de Informação e Comunicação e nas de Finanças e Seguros. Foi a primeira leitura de expansão em três meses, segundo o IHS Markit.

Embora as empresas fornecedoras de serviços tenham relatado um aumento modesto nas vendas em outubro, este foi o mais forte desde julho, diante de uma melhora na demanda básica e campanhas de marketing bem sucedidas.

Como resultado, o setor de serviços registrou criação de empregos pela primeira vez em 44 meses, ainda que o ritmo tenha sido restringido por tentativas de redução de custos em algumas empresas.

O IHS Markit informou que os custos de insumos aumentaram novamente em outubro, à taxa mais forte em três meses, o que as empresas atribuíram à volatilidade nos mercados financeiros, taxas de câmbio desfavorávei, negociações coletivas e preços mais altos dos combustíveis.

Com isso as empresas aumentaram seus preços de venda pelo quinto mês seguido, mas as condições competitivas e tentativas de manter os clientes seguraram um pouco as altas.

Ainda assim, o sentimento em relação aos negócios permaneceu positivo em outubro, em uma máxima de cinco anos, sendo que quase 74 por cento das empresas se mostraram otimistas em relação às perspectivas para os próximos 12 meses.

O bom humor se deve ao fim das eleições e consequente redução das incertezas políticas, de acordo com o IHS Markit.

Com a aceleração do crescimento da indústria em outubro, o PMI Composto do Brasil também voltou a território de expansão no mês, subindo a 50,5 de 47,3 em setembro.

"Embora a confiança empresarial tenha se reanimado com a redução da incerteza política, o novo governo enfrentará desafios como o déficit fiscal, aumentar a confiança do consumidor e reduzir o número de desempregados...para que uma retomada econômica sustentável aconteça", afirmou a economista do IHS Markit Pollyanna de Lima em nota.

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