Economia

PMI de Serviços do Brasil avança para 45,5 em novembro

PMI: trata-se do nível mais alto em oito meses


	PMI de Serviços: trata-se do nível mais alto em oito meses
 (Thinkstock)

PMI de Serviços: trata-se do nível mais alto em oito meses (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h30.

São Paulo - O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de Serviços no Brasil subiu a 45,5 pontos em novembro, de 43 pontos em outubro, na série com ajuste sazonal. Segundo a Markit, trata-se do nível mais alto em oito meses.

Com isso, o índice composto, que leva em conta também o PMI industrial, avançou para 44,5 pontos no décimo primeiro mês do ano, de 42,7, do anterior.

A alta do PMI Composto foi determinada pelo resultado de Serviços, uma vez que o PMI Industrial caiu para 43,8 em novembro, o menor nível em 80 meses.

O indicador, calculado pela consultoria internacional Markit, segue uma escala de zero a 100 pontos, sendo que graduações iguais ou maiores que 50 pontos são lidas como expansões do setor. Abaixo desse valor, são consideradas quedas.

Sobre o setor de Serviços, apesar da melhora em novembro ante outubro o relatório aponta para uma redução ainda pronunciada do volume de produção, e os indicadores referentes aos componentes do indicador indicam "uma recessão ampla, com a atividade caindo em todas as seis categorias monitoradas", pontua a Markit.

Em novembro, apesar de mais branda, foi registrada a nona queda consecutiva na entrada de novas encomendas.

"A pesquisa indica que a demanda foi deprimida pela frágil situação econômica do país. Com os registros de pedidos do setor industrial caindo também, o volume de novos negócios no setor privado como um todo se contraiu pelo nono mês consecutivo", afirma o relatório assinado pela economista da Markit Pollyanna De Lima.

A confiança do setor de Serviços caiu em novembro, mas as empresas do setor ainda esperam uma expansão do volume de produção em 2016, de acordo com a consultoria internacional. "Mas o sentimento positivo foi o mais baixo em três meses, e ficou bem abaixo da tendência para as séries", pondera o relatório.

O corte no emprego no setor de Serviços foi determinado pela retração no volume de novos negócios e pela contenção de gastos dos prestadores de Serviços.

Pollyanna afirma que os dados do PMI indicam que a economia brasileira caiu ainda mais em novembro.

"Embora a recessão tenha se atenuado, o setor privado continua longe de uma estabilização. A demanda persistentemente fraca continuou a restringir a entrada de novos trabalhos e, como consequência, as empresas reduziram o volume de produção novamente", diz a autora do relatório.

O levantamento da consultoria aponta que, apesar de os preços ao consumidor no setor de serviços continuarem subindo em novembro, o ritmo de alta foi o menor em 13 meses.

"A inflação permanece elevada em todo o país, mas o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 14,25% (nível mais alto em nove anos) na última reunião do ano, devido ao declínio da economia. No entanto, com dois dos oito integrantes votando a favor de um aumento da taxa Selic, o ciclo de aperto pode retornar em 2016", avalia a economista da Markit.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaPMI – Purchasing Managers’ IndexServiços diversos

Mais de Economia

Após mercado prever altas da Selic, Galípolo afirma que decisão será tomada 'reunião a reunião'

IBC-Br: prévia do PIB sobe 0,80% em setembro, acima do esperado

Após explosões na Praça dos Três Poderes, pacote de corte de gastos só será anunciado depois do G20

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos