"Jobim finge que é do PMDB e o PMDB finge que ele é do partido", resumiu um peemedebista (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 16h49.
Brasília - A iminente saída de Nelson Jobim do comando do Ministério da Defesa não surpreendeu a cúpula do PMDB. Desde ontem, quando intensificaram os rumores da saída de Jobim, na esteira das novas declarações críticas do ministro ao governo, desta vez atingindo as ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, peemedebistas consideravam que o ministro já estava fora da Esplanada. A questão era apenas saber quando ele deixaria a pasta.
Jobim não é considerado um ministro da cota do PMDB na divisão dos cargos no governo da presidente Dilma Rousseff entre as legendas aliadas, nem está ligado à cúpula partidária. "Jobim finge que é do PMDB e o PMDB finge que ele é do partido", resumiu um peemedebista.
Setores do PMDB dizem que o partido não reivindicará a indicação do substituto de Jobim. Para o cargo, segundo afirmam, deverá ir um nome da escolha pessoal da presidente. Politicamente, um desconforto na relação da presidente com o PMDB deverá descartar a possibilidade de o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), ser convidado para o cargo. Um peemedebista disse que Dilma nutre uma desconfiança de que o PMDB conspira contra o governo dela e não daria mais poderes ao vice-presidente da República, o nomeando para a pasta.