Economia

Plano de concessões será anunciado logo, diz vice do BNDES

Segundo vice do BNDES, deve ser feito um pronunciamento nos próximos dias para apresentar o novo programa para o setor


	Wagner Bittencourt, vice-presidente do BNDES
 (Renato Araújo/ABr)

Wagner Bittencourt, vice-presidente do BNDES (Renato Araújo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 20h30.

Rio de Janeiro - O sistema de concessão é um item importante nos planos do governo federal para a infraestrutura e deve ser feito um pronunciamento nos próximos dias para apresentar o novo programa para o setor.

A informação é do vice-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt, que fez hoje (11) a palestra de abertura do 27º Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), no Rio.

O evento deste ano abordou o tema A Hora e Vez do Brasil: Diante da Nova Revolução Industrial, Estratégia para o Desenvolvimento do Brasil, através do Aproveitamento de Grandes Oportunidades.

“O governo está fazendo uma grande discussão de quais são os investimentos que temos que fazer e também de que forma fazer. O acréscimo de concessões, que foi um sucesso até agora, de impacto, foram muito importantes para que os investimentos aconteçam e aconteçam na hora, já que a qualidade do investimento privado tem uma facilidade e uma simplificação muito maior em relação ao investimento público, e consegue atender o usuário de uma forma mais rápida”, disse.

De acordo com Bittencourt, os investimentos em infraestrutura alcançarão R$ 597 bilhões nos próximos quatro anos, crescimento de 30%, com a matriz logística como “carro-chefe”.

O setor de energia deve receber R$ 192 bilhões no próximo quadriênio e o desenvolvimento da indústria deve aumentar para R$ 909 bilhões até 2018.

Bittencourt lembra que o Brasil passa por uma situação “bastante desafiante”, mas que o país tem uma economia sólida, do ponto de vista da evolução dos indicadores.

“Se olharmos a dívida pública líquida em relação ao produto interno bruto (PIB), nós observamos uma queda significativa nas últimas décadas, o que leva hoje o Brasil a ter uma situação bastante mais equilibrada”, destacou.

Em relação ao resultado primário, ele acrescentou que, este ano, o país vive uma situação negativa, mas que a área econômica está trabalhando com objetivo de recuperar nos próximos anos, a capacidade de investimento com objetivo atender a um índice de 2% do PIB em relação ao resultado primários.

Por outro lado, segundo Bittencourt, as reservas internacionais do país continuam sólidas, na ordem de R$ 377 bilhões”.

Quanto à inflação, o vice-presidente do BNDES afirmou que em 2015 o índice deve ser “bastante significativo”, em torno de 8%, mas para o ano que vem o esforço fiscal e as medidas econômicas adotadas devem reduzir a inflação para cerca de 5,6%.

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