Economia

Pimentel vai ao México para negociar novo regime automotivo

As quotas de importação sugeridas pelo governo brasileiro limitariam a troca comercial de veículos a cerca de 1,4 bilhão de dólares ao ano

No total, 808.059 carros foram emplacados durante o ano passado
 (Miguel Riopa/AFP)

No total, 808.059 carros foram emplacados durante o ano passado (Miguel Riopa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 16h37.

São Paulo - O ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, viaja ao México na terça-feira para retomar as negociações de uma possível revisão do acordo automotivo entre os dois países, informou o ministério nesta segunda-feira.

Desde a semana passada, as duas maiores economias da América Latina têm trocado correspondências com propostas de revisão, mas um acordo ainda parece longe de ser alcançado, principalmente depois que o Brasil exigiu a criação de um mecanismo de quotas para a importação de veículos do México.

Os mexicanos teriam ficado irritados com as negociações por carta e na sexta-feira exigiram que as conversas ocorressem "cara a cara", disse uma fonte do México à Reuters.

Pimentel e o secretário de economia do México, Bruno Ferrari, conversaram por telefone na sexta-feira e tentaram reduzir um pouco as tensões da negociação, segundo uma fonte do governo brasileiro.

As quotas de importação sugeridas pelo governo brasileiro limitariam a troca comercial de veículos a cerca de 1,4 bilhão de dólares ao ano, uma média dos últimos três anos entre os dois países.

Uma fonte mexicana, porém, disse que as quotas poderiam ser consideradas, desde que levassem em conta as exportações de veículos do México para o Brasil no ano passado, "mais um percentual".

Contudo, oficialmente o México ainda não anunciou a rejeição à proposta brasileira, apesar de a embaixada mexicana informar que uma resposta formal foi encaminhada ao governo brasileiro na sexta-feira.

Antes de viajar para retomar pessoalmente as negociações, Pimentel se reuniu nesta segunda com a presidente Dilma Rousseff.

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