Economia

PIB, inflação e Petrobras: os assuntos quentes na próxima semana

Mercado ainda monitora reserva de ações da Eletrobras e debate de medidas contra inflação no Congresso

Bandeira do Brasil no Rio de Janeiro (Cesar Okada/Getty Images)

Bandeira do Brasil no Rio de Janeiro (Cesar Okada/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 29 de maio de 2022 às 18h42.

Última atualização em 29 de maio de 2022 às 18h43.

PIB do 1º trimestre será divulgado na próxima quinta-feira em meio à melhora das expectativas sobre o crescimento deste ano. Fala de Bruno Serra, IGP-M e produção industrial também estão no radar. Nos EUA, feriado de Memorial Day reduz a liquidez na segunda-feira e payroll fecha a semana. Redução do balanço do Fed e falas de dirigentes de bancos centrais podem influenciar a precificação de alta dos juros globais. Mercado ainda monitora reserva de ações da Eletrobras e debate de medidas contra inflação no Congresso.

PIB, inflação e IGP-M

PIB sai em 2 de junho e deve mostrar aceleração do crescimento para 1% sobre o trimestre anterior. O mercado tem elevado as projeções para a expansão no ano após surpresas positivas em dados como vendas no varejo nos meses anteriores. A economia deve mostrar um crescimento robusto, favorecido ainda pela reabertura pós-pandemia e sob efeitos ainda limitados do aperto monetário, diz a Bloomberg Economics. A semana também contará com produção industrial e desemprego da abertura do 2º trimestre. Os juros futuros poderão reagir ao IGP-M de maio, que sai já na segunda-feira com expectativa de desaceleração. Também na segunda-feira, Bruno Serra, diretor de política monetária do Banco Central, está em uma live com da Kinea.

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Payroll e BCs

O payroll dos EUA sai na próxima sexta-feira, com estimativa de desaceleração na criação de vagas para 325.000. Após um resultado sólido em abril, outra leitura forte poderia aumentar a pressão sobre sobre a política monetária americana. O Fed deve começar a reduzir os US$ 8,9 trilhões do seu balanço patrimonial a partir de 1º de junho. A agenda traz outros tópicos que podem afetar as expectativas sobre os juros globais. O Fed divulgará o livro bege e dirigentes como James Bullard falam ao longo da semana. Christine Lagarde, do BCE, Roberto Campos Neto, do BC brasileiro, e YI Gang, do PBoC, falam em painel sobre transição verde em 1º de junho.

Eletrobras

A Eletrobras inicia em 3 de junho o período de reserva de suas ações e o preço deve ser fixado em 9 de junho, após o bookbuilding. A estatal protocolou nesta sexta-feira o pedido de registro para a oferta de ações que pode resultar na diluição da presença do governo em seu capital para menos de 50%. A oferta pode envolver até R$ 35 bilhões, com base no preço de fechamento da ação no dia 26 de maio. Esta seria a segunda maior oferta após a da Petrobras em 2010, segundo dados da Bloomberg.

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Medidas contra inflação

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que promoverá reunião de líderes na próxima semana para discutir o projeto que limita ICMS sobre preços de energia e outros segmentos. A mudança pode aliviar a inflação em mais de 1 ponto percentual. Na Câmara, o presidente Arthur Lira descartou colocar em votação proposta que suspende reajustes na conta de luz autorizados pela Aneel, disse o Estado. O governo teria alertado que a medida quebraria contratos e afugentaria investidores. Lira ainda discute outros projetos para baratear a energia. Uma das propostas seria usar o valor de impostos que foram cobrados indevidamente de consumidores para abater nas tarifas. Outro projeto proíbe a cobrança de ICMS sobre as bandeiras tarifárias.

Petrobras

Arhtur Lira voltou a criticar a Petrobras pela falta de sensibilidade com o que chamou de lucro abusivo e a falta de investimentos da empresa na economia brasileira. Em entrevista à rádio Bandeirantes na sexta-feira, ele disse que ou a estatal é privatizada ou medidas mais duras serão tomadas. O presidente da Câmara foi questionado sobre a privatização da empresa, mas afirmou que, no período eleitoral, com o país polarizado, é difícil uma proposta dessa ser aprovada no Congresso. “O governo pode, por um projeto de lei ou discussão mais rápida, vender as ações que tem no BNDES, em torno de 14%, deixaria de ser majoritário”, afirmou.

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