Economia

PIB do esporte cresce 20% acima da média nacional

A tendência é de o esporte corresponder a 1,9% do PIB do Brasil depois dos Jogos de 2016


	Copa de 2014 no Brasil: dos R$ 4,1 trilhões do PIB brasileiro, apenas 1,6% corresponde ao esporte
 (SXC.hu)

Copa de 2014 no Brasil: dos R$ 4,1 trilhões do PIB brasileiro, apenas 1,6% corresponde ao esporte (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 22h08.

São Paulo - A proximidade de eventos como a Copa de 2014 e os Jogos de 2016 já faz o PIB (produto interno bruto) do esporte brasileiro crescer cerca de 20% acima da média da economia nacional. Os dados são de um levantamento divulgado nesta segunda-feira no seminário 'O futuro dos clubes brasileiros' pela Pluri Consultoria, que mostra ainda uma contradição nesse cenário. Dos R$ 4,1 trilhões do PIB brasileiro, apenas 1,6% corresponde ao esporte - setor de grande potencial de faturamento, mas que é pouco aproveitado de acordo com o estudo.

Segundo o diretor da consultoria, Fernando Ferreira, o que falta ao Brasil para melhorar essa estatística é se organizar. A tendência é de o esporte corresponder a 1,9% do PIB do Brasil depois dos Jogos de 2016 e para aproveitar o bom momento, entre as medidas indicadas estão oferecer ao público mais condições de conforto durante os eventos esportivos e investir em ações de marketing principalmente no futebol, modalidade responsável por 53% do PIB do esporte.

Um dos pontos a ser melhorado é a ocupação dos estádios. Em uma lista divulgada pelo estudo, o Brasileirão de 2011 ficou em 12º entre as principais ligas nacionais, ao perder em média de público para os campeonatos dos Estados Unidos, China e também para as segundas divisões da Alemanha e Inglaterra. "Os estádios brasileiros têm somente 40% da capacidade ocupada. O que afasta o torcedor é a qualidade dos locais", comentou Ferreira, ao enumerar que a falta de estacionamentos, a má conservação de instalações, preços altos e problemas de segurança afastam as pessoas dos estádios. Tais empecilhos se refletem na baixa participação dos clubes no PIB do esporte, apenas 7%.

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