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PIB do Brasil vai recuar 10,1% em 2020 em pior cenário, prevê UBS

Os profissionais destacam o risco da pandemia levar a níveis elevados de incerteza política, com impactos negativos sobre a confiança do investidor

UBS: instituição fez uma análise considerando três cenários que levam em conta as restrições pela pandemia do coronavírus (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de abril de 2020 às 13h55.

O UBS cortou para 5,5% a estimativa para a retração da economia brasileira em 2020, depois de no começo do mês prever queda de 2%, mas, a depender do cenário analisado, o tombo pode ser ainda maior, de 10,1%.

No cenário um, a economia cai 5,5%. No dois, 7,2%. E no três sofre o recuo de dois dígitos.

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No cenário um, as restrições de distanciamento social existentes permanecem em vigor até meados de maio, com atividades voltando ao normal em grande parte até o final de junho.

No dois, as restrições só começam a ser retiradas até o final de junho, com normalização até o término de agosto.

Já no três, a pandemia de coronavírus não é efetivamente controlada até meados de 2021, e, com isso, as restrições são apenas parcialmente removidas.

Mas os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos, que assinam o relatório desta terça-feira, ponderaram que mesmo fora do cenário três a economia pode sofrer uma queda mais forte que o previsto, afetada por questões políticas.

Os profissionais destacam o risco da pandemia levar a níveis elevados de incerteza política, com impactos negativos sobre a confiança do investidor, o que poderia gerar um estado de prêmio de risco permanentemente mais alto nos preços dos ativos.

Nesse caso, "podemos ver o resultado parecido com o do cenário três mesmo que a pandemia esteja sob controle", disseram Volpon e Ramos.

Em 2021, o UBS vê a economia em expansão de 6,5% (cenário um), 8,3% (cenário dois) e 5,4% (cenário três).

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