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PIB de 2020 deverá ser revisado por conta de coronavírus, diz secretário

Adolfo Sachsida admitiu possível revisão na previsão do governo para crescimento, que ainda está em 2,4%; alguns bancos já projetam dado abaixo de 2%

Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia (Jefferson Rudy/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 12h01.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 12h26.

São paulo — O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse em entrevista à Globo News nesta sexta-feira (28) que a equipe econômica poderá revisar, até o fim da semana que vem, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) de 2020 por conta do coronavírus.

À Reuters, Sachsida avaliou nesta sexta-feira que o cenário piorou das últimas duas semanas para cá e que o governo ainda analisa se divulgará novos números.

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"Teremos uma resposta mais clara semana que vem", disse ele.

Há cerca de 10 dias, Sachsida havia dito que o coronavírus ainda não impactara a economia brasileira, mas que a secretaria de Política Econômica seguia atenta, pelo lado da oferta, a uma eventual falta de peças que vêm da China para empresas brasileiras e, pelo canal da demanda, ao comportamento do preço de commodities.

Em janeiro, a Secretaria de Política Econômica havia elevado sua expectativa para o crescimento da economia neste ano de 2,32% para 2,40%.

A possível revisão da previsão de crescimento da economia por parte do governo se seguiria a um movimento de várias instituições financeiras ao longo das últimas semanas.

No último Boletim Focus do Banco Central, que compila as previsões do mercado financeiro, a projeção para o PIB do ano caiu novamente, desta vez para 2,2%.

Algumas casas, como o Bank of America e o Banco Fator, já vêem uma expansão abaixo de 2% para o ano --em 1,9% e 1,4%, respectivamente.

Em condição de anonimato, uma importante fonte do governo reconheceu que a visão hoje é de que o crescimento econômico ficará neste ano "mais para perto de 2% mesmo".

"Nossa preocupação é mais com o fluxo de investimentos da China, que tende a diminuir com o corona, do que com a balança e o PIB”, adicionou outra fonte do governo, também em sigilo.

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