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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.
O valor do PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado para 2002 foi de R$ 1,32 trilhão, sendo R$ 1,18 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 145,32 bilhões aos Impostos sobre Produtos. Se comparado com o do ano de 2001, quando atingiu R$ 1,21 trilhão, o PIB cresceu 1,52%. Com a estimativa do IBGE de 174,63 milhões de população residente no país em 2002, o PIB per capita ficou em R$ 7.567 no ano. Em compensação, o PIB per capta teve um crescimento real de 0,21% em 2002. Em 2002, a renda nacional bruta alcançou R$ 1,27 trilhão, a renda disponível bruta somou R$ 1,28 trilhão e a poupança bruta somou R$ 237,39 bilhões, informa o IBGE.
O Produto Interno Bruto, medido a preços de mercado, do quarto trimestre de 2002 foi de R$ 364,31 bilhões, sendo R$ 323,55 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 40,76 bilhões de Impostos sobre Produtos.
Entre os componentes da demanda, em 2002, o Consumo das Famílias totalizou R$ 783,28 bilhões, seguido pelo Consumo do Governo com R$ 254,66 bilhões e pela Formação Bruta de Capital Fixo com R$ 247,24 bilhões. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 27,89 bilhões e a Variação de Estoques foi de R$ 8,43 bilhões.
A necessidade de financiamento da economia nacional foi de R$ 16,97 bilhões no ano de 2002. Apesar de negativo, estes números indicam uma melhora na capacidade de financiamento da ordem de R$ 37,61 bilhões, se comparado com o resultado de 2001, quando houve necessidade de R$ 54,59 bilhões.
Esta queda deve-se principalmente à reversão nas contas de exportação e importação do País, o chamado Saldo Externo de Bens e Serviços: em 2001, as importações superaram as exportações em R$ 11,9 bilhões; já em 2002, as exportações superaram as importações em R$ 27,89 bilhões. No próprio ano de 2002, a economia nacional registrou reversão idêntica, passando de uma necessidade de financiamento de R$ 20,31 bilhões no primeiro semestre de 2002, para uma capacidade de financiamento de R$ 3,34 bilhões no segundo semestre.
Economistas ouvidos no ano passado, no seminário Brasil em EXAME, afirmaram que um crescimento próximo de 1% não representa, de fato, um aumento do PIB. "Um percentual próximo desse patamar não pode ser sentido pelo país", afirmou o economista José Roberto Mendonça de Barros, à época. A desaceleração da taxa de crescimento do PIB acontece a partir do primeiro trimestre de 2001, quando caiu de 4,36% em 2000 para 4,06%, atingindo o mínimo de -0,01% no segundo trimestre de 2002, subindo para 1,52% neste último trimestre. "As altas taxas de juros continuam a impedir um crescimento do PIB mais acelerado, pois os investimentos no setor produtivo se mostram em escala cada vez menor", avalia a Global Invest.
Metodologia
Desde outubro de 2000 as estatísticas trimestrais para o PIB brasileiro têm sido divulgadas em duas edições. A primeira, com os indicadores de volume, publicada 60 dias após o final de cada trimestre, e a segunda, 90 dias após o fim do trimestre, com a revisão dos indicadores de volume previamente divulgados e os valores correntes, em reais.
A partir de agora, a segunda divulgação das Contas Nacionais Trimestrais, 90 dias após o fechamento do trimestre, passará a incluir também as Contas Econômicas Trimestrais, apresentando, portanto, os valores trimestrais para Renda Nacional Bruta, Renda Disponível Bruta, Poupança Bruta e Capacidade / Necessidade de Financiamento da Economia Nacional. Estas séries são obtidas da seguinte forma: