PIB calculado por Itaú cai 1,8% em junho ante maio
Em relatório, a equipe do Itaú Unibanco declarou esperar um modesto aumento no PIB mensal em julho, mas não o suficiente para reverter a queda de junho
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2014 às 16h12.
São Paulo - A economia brasileira teve retração de 1,8% em junho ante maio, segundo o Produto Interno Bruto Itaú Unibanco (PIBIU), divulgado nesta sexta-feira, 15, pela instituição.
Para os economistas do banco, o resultado de junho foi impactado pelos efeitos da Copa do Mundo.
Mesmo assim, eles se disseram surpreendidos pelo amplo enfraquecimento nas vendas do varejo e revisaram para baixo a projeção do 2º trimestre, para uma retração de 0,4%. Anteriormente, a expectativa era por uma queda de 0,3%.
Em relatório, a equipe do Itaú Unibanco declarou esperar um modesto aumento no PIB mensal em julho, mas não o suficiente para reverter a queda de junho.
"Nós antecipamos um moderado aumento nas vendas do varejo em julho, mas esperamos que uma recuperação substancial na atividade industrial pode demorar mais, dado os altos níveis de estoques nas manufaturas", indicou o documento.
Dos dez indicadores acompanhados pelo Itaú Unibanco como base de cálculo do PIBIU, sete recuaram.
A construção civil foi um dos setores com uma das maiores quedas, com encolhimento de 5,7% em junho.
No setor de serviços, as vendas amplas no varejo registraram queda de 3,6%, o que foi visto como um desempenho pior do que o esperado pelos economistas do Itaú e pelo mercado.
No campo positivo, destaque para as atividades de petróleo e mineração, com expansão de 0,3%.
Essa é a mesma taxa de crescimento apresentada pela administração pública.
O PIBIU caiu 2,0% em junho deste ano em relação a idêntico mês do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, o indicador subiu 1,6%. Em maio, no entanto, na comparação com o mesmo mês em 2013, o PIBIU cresceu 1,9%.
Como na margem o PIBIU caiu 1,8%, os economistas do Itaú Unibanco avaliam que ele "deixa uma herança estatística negativa de 1,6% para o terceiro trimestre".