Economia

Petróleo fecha em queda de quase 5% hoje

Os preços da commodity voltaram a níveis não vistos desde antes do acordo da Opep para estabilizar o mercado

Petróleo: o petróleo WTI para junho caiu US$ 2,30 (-4,80%), a US$ 45,52 por barril na Nymex, no menor nível desde 29 de novembro, véspera do acordo firmado pelo cartel (Mike Stone/Reuters)

Petróleo: o petróleo WTI para junho caiu US$ 2,30 (-4,80%), a US$ 45,52 por barril na Nymex, no menor nível desde 29 de novembro, véspera do acordo firmado pelo cartel (Mike Stone/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de maio de 2017 às 18h52.

São Paulo - Os contratos futuros do petróleo despencaram quase 5% hoje, em meio a preocupações com a recuperação da produção líbia e com o aumento das atividades de extração nos Estados Unidos.

Os preços da commodity voltaram a níveis não vistos desde antes do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar o mercado.

O petróleo WTI para junho caiu US$ 2,30 (-4,80%), a US$ 45,52 por barril na Nymex, no menor nível desde 29 de novembro, véspera do acordo firmado pelo cartel.

Já o Brent para o mesmo mês encerrou em queda de US$ 2,41 (-4,74%), a US$ 48,38 por barril.

A possibilidade de um acordo de compartilhamento de poder na Líbia "eleva as chances de aumento da oferta", disse Phil Flynn, analista de mercado do Price Futures Group.

Duas das maiores facções líbicas tiveram progresso ao fechar um acordo para resolver as crises econômica e política do país, de acordo com uma reportagem da BBC News divulgada ontem.

Confrontos entre grupos armados causaram interrupções intermitentes das atividades no maior campo de petróleo da nação norte-africana.

"A Líbia unificada pode alcançar 1,5 milhão de barris por dia em poucos meses, e isso excluindo as cotas da Opep", disse James Williams, economista da WTRG Economics.

Embora Líbia e Nigéria façam parte da Opep, esses países foram isentos de cortes em suas produções sob acordo do ano passado.

O grupo deve discutir uma extensão do tratado no próximo dia 25. Williams disse que a "Nigéria quer estender sua isenção, o que sinaliza que o país espera aumentar sua produção".

Além disso, dados divulgados ontem mostraram que a produção doméstica semanal dos EUA subiu e os estoques caíram menos que o esperado, aumentando as dúvidas sobre se o acordo da Opep bastará para reduzir os excedentes globais de petróleo.

Acompanhe tudo sobre:OpepPetróleo

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE