Economia

Petroleira russa diz que oferta dos EUA ameaça acordo da Opep

Opep fechou um acordo com a Rússia e outros produtores para cortar a produção em 1,8 milhão de barris por dia por seis meses a partir de janeiro

Petróleo: rússia concordou em juntar-se às restrições de oferta da Opep no final do ano passado (Sergio Moraes/Reuters)

Petróleo: rússia concordou em juntar-se às restrições de oferta da Opep no final do ano passado (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2017 às 11h30.

Moscou - A recuperação da produção de petróleo dos Estados Unidos pode impedir os produtores da Organização dos Países Exportadores de petróleo (Opep) e outros países de estenderem os cortes de produção para além de junho, o que pode levar a uma nova guerra de preços, disse uma grande petroleira russa nesta segunda-feira.

A produção de "shale oil", um tipo de petróleo não convencional dos EUA, estava em queda conforme os preços do petróleo caíam de 100 dólares o barril em 2014 para menos de 30 dólares em 2015, tornando custosos processos de fraturamento hidráulico necessários para a extração.

Mas um acordo da Opep com a Rússia e outros produtores para cortar a produção em 1,8 milhão de barris por dia (bpd) por seis meses a partir de 1° de janeiro elevou os preços, incentivando as empresas dos EUA a aumentar a oferta.

"Ficou evidente que a produção de shale oil nos Estados Unidos se tornou e continuará a ser um novo regulador global do preço do petróleo para o futuro previsível", disse a Rosneft, em resposta escrita à Reuters.

"Há riscos significativos de que o acordo (liderado pela Opep) não será estendido parcialmente devido aos principais participantes, mas também devido à dinâmica da produção nos Estados Unidos, que não quer se associar a nenhum acordo no futuro previsível."

A Rússia concordou em juntar-se às restrições de oferta da Opep no final do ano passado, apesar da oposição inicial do líder da Rosneft, Igor Sechin, um dos aliados mais próximos do presidente Vladimir Putin.

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