Economia

Pesquisa revela pessimismo do consumidor com a economia

A expectativa dos consumidores brasileiros com a economia piorou pelo terceiro mês seguido, conforme revelou índice divulgado pela CNI


	Compras: em relação a dezembro de 2014, o indicador teve queda de 4,6% em janeiro de 2015
 (Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Compras: em relação a dezembro de 2014, o indicador teve queda de 4,6% em janeiro de 2015 (Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 14h44.

A expectativa dos consumidores brasileiros com a economia piorou pelo terceiro mês seguido, conforme revelou o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado hoje (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em relação a dezembro de 2014, o indicador teve queda de 4,6% em janeiro de 2015.

O indicador de Expectativa de Inflação caiu 10% este mês na relação com dezembro, registrando queda de 16,3% na comparação com janeiro do ano passado. Já o indicador de Expectativa de Desemprego recuou 6,1% sobre dezembro. Quanto maior a queda dos indicadores, maior é o número de pessoas que acredita que a inflação e o desemprego aumentarão nos próximos seis meses.

De acordo com a CNI, a queda na confiança do consumidor é resultado, sobretudo, do aumento do pessimismo em relação à inflação e ao emprego.

O Indicador de Expectativas sobre a Evolução da Renda Pessoal registrou queda de 4,2% e o de Situação Financeira caiu 4,8% em relação a dezembro. Dos seis componentes da pesquisa, o único aumento foi registrado na percepção de endividamento. O crescimento em 0,5% mostra uma melhora da expectativa dos entrevistados.

Para Marcelo Azevedo, especialista de Políticas de Indústria da CNI, os valores registrados mostram o impacto na demanda dos consumidores para os próximos seis meses. “Um dos principais problemas que a indústria enfrenta é a falta de demanda. O que o INEC mostra é que isso não vai melhorar nos próximos meses”.

O Inec funciona como termômetro da confiança do consumidor. Quanto maior o índice, maior o otimismo. Realizada em parceira com o Ibope, a pesquisa ouviu, entre 15 e 19 de janeiro, 2.002 pessoas em 142 municípios.

*colaborou Michèlle Canes

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