Economia

Peso da dívida espanhola chegará a 90,5% do PIB em 2013

Se for levada em conta apenas a administração central, o peso da dívida será de 70,2%, contra 66,1% de 2012

Moeda de euro na frente da bandeira da Espanha (©AFP / Philippe Huguen)

Moeda de euro na frente da bandeira da Espanha (©AFP / Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2012 às 09h51.

Madri, 29 set (EFE).- A dívida pública espanhola chegará a 85,3% do PIB em 2012 e a 90,5% em 2013, segundo o Projeto de Orçamento Geral do Estado para 2013.

Se for levada em conta apenas a administração central, o peso da dívida será neste ano de 70,2%, contra 66,1% de 2012, de acordo com o Projeto.

Além disso, o custo do pagamento de juros da dívida chegará a 38,59 bilhões de euros, em termos de caixa, ou a 36,46 bilhões em termos de contabilidade nacional. Em ambos os casos, ficará em torno de 3,5% do PIB.

Por trás desta forte alta do peso da dívida estão não só as necessidades de endividamento pela crise econômica, mas também o empréstimo europeu para os bancos, a contribuição da Espanha ao resgate de Grécia e Portugal, entre outros fatores.

Embora o empréstimo europeu para recapitalizar os bancos seja de 100 bilhões de euros, nos orçamentos só foram contabilizados os 30 bilhões 'comprometidos, mas não desembolsados' do pagamento inicial.

Ontem, o secretário de Estado da Economia, Fernando Jiménez Latorre, disse que provavelmente serão pedidos 40 bilhões de euros de ajuda.

Outro elemento que explica o aumento da dívida é a contribuição que a Espanha tem que fazer ao Mecanismo Europeu de Estabilidade por um importe de 3,809 bilhões de euros.

Para 2013, o Estado deve realizar emissões brutas por importe de 207,173 bilhões de euros, acima dos 186,1 bilhões que estavam orçados para 2012.

Deste número total, 159,153 bilhões servirão para financiar os vencimentos de dívida.

O Tesouro deve alterar levemente o perfil de suas emissões, e emitir mais dívida a curto prazo, como letras, e menos de bônus e obrigações.

Os orçamentos reconhecem que houve um aumento no custo médio da dívida em circulação em 2012, já que 'as novas emissões foram realizadas a taxas de juros superiores como consequência das turbulências' nos mercados. Além disso, indicam que 'a possibilidade de que o Banco Central Europeu compre dívida espanhola deve melhorar as condições de emissão, e representará uma contenção no crescimento do custo da dívida em 2013'. EFE

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