Perse: governo apresenta projeto para limitar programa a 12 setores de eventos e diminuir incentivos
Proposta foi modificada após protestos e acordo com representantes de empresas e entidades
Agência de notícias
Publicado em 28 de março de 2024 às 06h49.
Última atualização em 28 de março de 2024 às 07h05.
A liderança do governo na Câmara dos Deputados protocolou na quarta a nova proposta de retomada progressiva da tributação para o setor de eventos, com o fim gradual do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos ( Perse ), criado para mitigar os efeitos negativos da pandemia sobre negócios dessa área.
Após negociação do governo com representantes empresariais, foram incluídos na proposta 12 setores, entre eles: produções musicais, teatrais e de congressos, bares, restaurantes e hotéis.
De acordo com a proposta, neste ano, os setores voltarão a pagar PIS, Cofins e CSLL com redução de 45%. Em 2025, a redução será de 40% e, em 2026, aisençãoserá de 25%. Para o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), a isenção em 2024 será total. Em 2025, a redução será de 40% e em 2026, de 25%.
O texto ainda prevê que as empresas poderão aderir à autorregularização em até 90 dias após a regulamentação da lei, por meio da confissão e do pagamento ou parcelamento do valor integral dos tributos confessados.
O que é o Perse?
O Perse foi criado em 2021 para auxiliar as empresas do setor prejudicadas pela pandemia de Covid-19. O programa oferecia benefícios fiscais como alíquota zero de impostos federais e parcelamento de débitos com redução de até 100% de juros e multas. Os benefícios foram prorrogados em 2023 por mais cinco anos.
Reoneração de municípios
Os deputados governistas também protocolaram o projeto que reonera gradualmente a folha de pagamento dos municípios com população de até 50 mil habitantes.
A proposta foi uma solução encontrada após o governo recuar e manter a reoneração de 20% sobre a folha para os todos os municípios na medida provisória 1.202.
Os municípios menores voltarão a contribuir com 14% em 2024, 16% em 2025, 18% em 2026 e a retomada de 20% em 2027.