Economia

Percentual de famílias paulistanas endividadas ficou estável

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o nível de endividamento apresentou alta de 3,9 pontos percentuais, passando de 53,2% para 57,1%


	Dinheiro: De acordo com a pesquisa, o problema é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, já que 61,2% estão endividadas.
 (REUTERS)

Dinheiro: De acordo com a pesquisa, o problema é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, já que 61,2% estão endividadas. (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 14h36.

São Paulo – Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgada hoje (7), mostra que 57,1% das famílias paulistanas estavam endividadas em maio, o mesmo nível de abril. Com isso, a taxa manteve-se a mais elevada desde junho de 2006. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o nível de endividamento apresentou alta de 3,9 pontos percentuais, passando de 53,2% para 57,1%. Em números absolutos, o total de famílias endividadas em maio era 2,04 milhões, 136 mil a mais do que no mesmo mês do ano passado.

“A estabilidade apontada em maio demonstra que o consumidor continua tendo dificuldade de equacionar suas finanças e ainda recorre aos financiamentos para manter seu nível de consumo. Isso vem ocorrendo por causa do efeito inflacionário verificado nos últimos meses, principalmente, nos preços dos alimentos, o que vem impactando negativamente o comprometimento da renda das famílias paulistanas”, disse a entidade em nota.

De acordo com a pesquisa, o problema é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos: 61,2% estão endividadas. Já entre as que recebem mais de dez salários mínimos, o percentual é 45,1%. O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito (73,3% das famílias), seguido por carnês (17,5%), financiamento de carro (16,7%), crédito pessoal (11,5%), financiamento de casa (7,8%) e cheque especial (6%).

“O alto nível de utilização do cartão de crédito se deve, principalmente, à expansão do consumo nas classes C, D e E. Os cartões são oferecidos até mesmo gratuitamente e sem que o consumidor tenha conta bancária, oferecendo adicionalmente o parcelamento das dívidas”, destacou a FecomercioSP em nota.

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