Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem 42 mil na semana, a 712 mil
O total de pedidos da semana anterior foi revisado para cima, de 745 mil para 754 mil
Reuters
Publicado em 11 de março de 2021 às 10h50.
Última atualização em 11 de março de 2021 às 11h33.
Menos norte-americanos do que o esperado entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, à medida que a melhora do ambiente sanitário permite que mais segmentos da economia sejam reabertos, colocando a recuperação do mercado de trabalho dos Estados Unidos de volta nos trilhos.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 712 mil, em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 6 de março, em comparação com 754 mil na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 725 mil solicitações na última semana.
As novas infecções por coronavírus caíram por oito semanas consecutivas nos EUA, recuando 12% na semana passada, de acordo com uma análise da Reuters a partir de dados estaduais, de condados e do CDC. O ritmo de vacinação saltou para um recorde de 2,2 milhões de doses aplicadas por dia, e as mortes relacionadas ao vírus caíram 18%.
Isso, bem como quase 900 bilhões de dólares em dinheiro adicional distribuído pelo governo no final de dezembro, elevou os gastos do consumidor e as contratações em fevereiro, depois de uma queda registrada em dezembro.
A demanda doméstica deve crescer nos próximos meses, já que o Congresso aprovou o pacote de recuperação de 1,9 trilhão de dólares do presidente Joe Biden, que enviará nova ajuda para pequenas empresas, bem como cheques únicos de 1.400 dólares a famílias de renda média e baixa. O estímulo também vai estender um auxílio-desemprego semanal de 300 dólares financiado pelo governo até 6 de setembro.
Os pedidos de auxílio-desemprego têm resistido a acompanhar a melhora na atividade econômica e na saúde pública, devido a questões que vão desde solicitações fraudulentas e atrasos até as recentes tempestades de inverno no sul do país.
Embora as solicitações tenham caído ante um recorde de 6,867 milhões de março de 2020, quando a pandemia atingiu os Estados Unidos, elas estão acima do pico de 665 mil registrado durante a Grande Recessão de 2007-09 e podem permanecer elevadas por causa da prorrogação do auxílio-desemprego extra. Em um mercado de trabalho que funciona bem, os pedidos variam normalmente entre 200 mil e 250 mil.
"Em nossa opinião, há algum risco de que o desemprego prolongado, com benefícios de 300 dólares adicionais por semana, possa manter o nível de pedidos de auxílio-desemprego mais elevado neste ano, já que alguns trabalhadores poderiam ganhar mais com o desemprego do que em seus empregos anteriores", disse Andrew Hollenhorst, economista do Citigroup.