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Para Pastore, endividamento das famílias 'é muito alto'

Affonso Celso Pastore lembrou que este endividamento atinge 110% nos EUA, mas ao ser descontados os gastos com hipotecas, o patamar baixa para cerca de 20%

De acordo com Pastore, o "mercado de trabalho apertado" faz com que os salários cresçam em termos reais (ARQUIVO/VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2012 às 23h56.

São Paulo - O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore afirmou na noite desta quinta-feira que "o endividamento das famílias no Brasil é muito alto", pois ao levar em consideração o comprometimento da renda disponível com débitos, a relação equivale a 42%. Em 2005, esse número era de 20%. "Ocorreu um exagero na concessão de crédito ao consumo até 2010. E isso limita o crescimento da economia", disse na palestra de abertura da entrega do Prêmio Ranking AE Projeções. Pastore lembrou que este endividamento atinge 110% nos EUA, mas ao ser descontados os gastos com hipotecas, o patamar de endividamento baixa para cerca de 20%.

Serviços - O ex-presidente do BC afirmou também que o setor de serviços no Brasil está muito mais aquecido do que a indústria. "O desemprego está no mínimo histórico porque (o setor de) serviços contrata ativamente", disse. Segundo ele, os serviços são responsáveis por cerca de 65% do Produto Interno Bruto, enquanto a indústria equivale a uma marca ao redor de 25% do PIB.

De acordo com Pastore, o "mercado de trabalho apertado" faz com que os salários cresçam em termos reais, numa conjuntura interna que exibe a produtividade média da indústria constante. "Isso provoca pressões sobre as margens das empresas (do setor manufatureiro)", ponderou. "A indústria é mais tomadora de preços lá fora do que fixadora de preços no mercado interno", disse Pastore.

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Serviços - O ex-presidente do BC afirmou também que o setor de serviços no Brasil está muito mais aquecido do que a indústria. "O desemprego está no mínimo histórico porque (o setor de) serviços contrata ativamente", disse. Segundo ele, os serviços são responsáveis por cerca de 65% do Produto Interno Bruto, enquanto a indústria equivale a uma marca ao redor de 25% do PIB.

De acordo com Pastore, o "mercado de trabalho apertado" faz com que os salários cresçam em termos reais, numa conjuntura interna que exibe a produtividade média da indústria constante. "Isso provoca pressões sobre as margens das empresas (do setor manufatureiro)", ponderou. "A indústria é mais tomadora de preços lá fora do que fixadora de preços no mercado interno", disse Pastore.

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