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Para Marc Faber, China só cresce a metade do que diz

Investidor suíço conhecido como Dr. Desastre acredita que país tem "gigantesca bolha de crédito" e já cresce a taxas de 4%

Marc Faber em Hong Kong: investidor é conhecido pelas previsões apocalípticas (Scott Eells/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 13 de março de 2014 às 12h19.

São Paulo - O investidor suíço Marc Faber é conhecido como Dr. Desastre, e não é por acaso.

O relatório que ele publica mensalmente, por exemplo, se chama "Gloom, Boom and Doom" - algo como "Trevas, Estouro e Julgamento".

Nesta quinta-feira, ele falou na rede de televisão americana CNBC sobre a piora na situação econômica da China, que está preocupando os mercados:

"Acho que já estamos em uma taxa de 4%, de qualquer forma. O que a China publica são números que eles simplesmente tiram da gaveta para ficarem bem."

Mesmo assim, ele não vê este dado como um desastre: "4% de crescimento em um mundo sem crescimento é na verdade muito bom".

De acordo com o governo, a China cresceu 7,7% em 2013 e tem como meta crescer 7,5% este ano.

Não é a primeira vez que a credibilidade das estatísticas oficiais do país é questionada. Em agosto do ano passado, um estudo da escola de negócios do HSBC em Pequim apontou que o PIB do país estaria inflado em 1 trilhão de dólares.

Mas não são esses dados que preocupam os investidores, e sim a possibilidade de que o excesso de crédito paralelo leve a uma série de calotes. O precedente foi aberto na última sexta-feira - e para Faber, dias piores virão:

"O crescimento excessivo do crédito leva eventualmente para uma crise; isso sempre acontece. E no caso da China nós não temos uma bolha de crédito, nós temos uma gigantesca bolha de crédito ."

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São Paulo - O investidor suíço Marc Faber é conhecido como Dr. Desastre, e não é por acaso.

O relatório que ele publica mensalmente, por exemplo, se chama "Gloom, Boom and Doom" - algo como "Trevas, Estouro e Julgamento".

Nesta quinta-feira, ele falou na rede de televisão americana CNBC sobre a piora na situação econômica da China, que está preocupando os mercados:

"Acho que já estamos em uma taxa de 4%, de qualquer forma. O que a China publica são números que eles simplesmente tiram da gaveta para ficarem bem."

Mesmo assim, ele não vê este dado como um desastre: "4% de crescimento em um mundo sem crescimento é na verdade muito bom".

De acordo com o governo, a China cresceu 7,7% em 2013 e tem como meta crescer 7,5% este ano.

Não é a primeira vez que a credibilidade das estatísticas oficiais do país é questionada. Em agosto do ano passado, um estudo da escola de negócios do HSBC em Pequim apontou que o PIB do país estaria inflado em 1 trilhão de dólares.

Mas não são esses dados que preocupam os investidores, e sim a possibilidade de que o excesso de crédito paralelo leve a uma série de calotes. O precedente foi aberto na última sexta-feira - e para Faber, dias piores virão:

"O crescimento excessivo do crédito leva eventualmente para uma crise; isso sempre acontece. E no caso da China nós não temos uma bolha de crédito, nós temos uma gigantesca bolha de crédito ."

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