Economia

Para Mantega, PIB é resultado de perdas na agropecuária

Mantega ressaltou o crescimento da indústria de 1,7% com relação ao último trimestre do ano passado

Mantega ressaltou ainda o crescimento do consumo das famílias (Antonio Cruz/Abr)

Mantega ressaltou ainda o crescimento do consumo das famílias (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 14h11.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje (1º), na capital paulista, que o crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre do ano - igual ao último trimestre do ano passado - só não foi maior devido ao fraco desempenho da agropecuária, que caiu 7,3%.

Concorreu para isso, de acordo com o ministro, a perda de safra em diversas culturas importantes. "Isso aconteceu por conta da quebra da safra de soja, arroz e fumo. Tudo isso ligado a fatores sazonais”, disse.

Mantega ressaltou o crescimento da indústria de 1,7% com relação ao último trimestre do ano passado. "Principalmente a indústria de transformação, que cresceu 1,9%, e eu considero isso uma boa notícia, depois de três trimestres negativos. A extrativa mineral não tanto, porque houve problema com o minério de ferro".

Para Mantega, os resultados da indústria significam que as medidas tomadas pelo governo têm surtido o efeito esperado e farão o setor alcançar melhores resultados em 2012.

O ministro elogiou ainda o setor de serviços, que registrou elevação de 0,6% no trimestre. Na avaliação do ministro, a elevação não foi maior porque a intermediação financeira, item que compõe o setor, teve crescimento negativo.

"Intermediação financeira significa lucro dos bancos e financiamentos, que ainda estão precários no país. Nós ainda não conseguimos ter aumento do crédito e redução da taxa de juros suficientes para estimular a economia".

Mantega ressaltou ainda o crescimento do consumo das famílias. Segundo ele, o valor de 1% no trimestre é compatível com o crescimento maior do PIB que está sendo observado.

O ministro disse que o consumo das famílias, em conjunto com o consumo da administração pública, que teve alta de 1,5% no trimestre, está estimulando o crescimento maior da economia. "Mantido esse ritmo, deverão propiciar um PIB maior".

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