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Para IBGE, medidas não reverteram retração da indústria

Para o instituto, as medidas do governo atuaram de forma pontual no setor, mas foram insuficientes para reverter a retração de maneira abrangente

Automóveis estacionados: o setor automotivo é o que mais sofre com o quadro de retração (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 13h59.

Rio - Os números de maio da produção industrial brasileira, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acentuam o quadro de maior retração do setor, segundo o gerente da coordenação de indústria do instituto, André Macedo. "As medidas de estímulo (do governo) foram insuficientes para reverter o cenário de maior retração da indústria ", afirmou.

Para Macedo, as medidas atuaram de forma pontual no setor, melhorando o resultado em segmentos como linha branca e mobiliário. Os dois segmentos já trabalham com IPI reduzido há alguns meses. Esse alívio pontual pode ser sentido nos números. A produção da linha branca cresceu 8,5% em maio em relação a um ano antes, enquanto a do mobiliário subiu 22,3% na mesma base de comparação.

"Há uma predominância de resultados negativos em qualquer comparação que se faça. Se pegar a média móvel, 21 dos 27 setores tiveram queda em maio", lembrou.

O setor automotivo é o que mais sofre com o quadro de retração. Segundo Macedo, a redução do IPI anunciada em 21 de maio ainda não se reflete na produção. O gerente acredita que a resposta mais lenta do que já ocorreu no passado se deve ao cenário de aumento da inadimplência, de maior comprometimento da renda das famílias e também de maior restrição do crédito.

Em maio, a produção do setor automotivo caiu 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Como a redução do IPI ainda é recente, Macedo afirma que não dá para prever se o crescimento das vendas informado pela Fenabrave - o melhor mês de junho da série histórica - será suficiente para "queimar" estoques e estimular um incremento da produção. Hoje, observa Macedo, o ramo atua com um nível elevado de estoque e operou em maio com queda de jornadas e paralisações.

Confiança

A produção de bens de capital para a indústria registrou uma queda 1,5% no bimestre abril/maio, revertendo a tendência de alta de 1,3% apurada no primeiro trimestre pelo IBGE. Para Macedo, esse movimento é importante, pois evidencia o quadro atual de menor confiança do empresariado de realizar seus investimentos.

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Para Macedo, as medidas atuaram de forma pontual no setor, melhorando o resultado em segmentos como linha branca e mobiliário. Os dois segmentos já trabalham com IPI reduzido há alguns meses. Esse alívio pontual pode ser sentido nos números. A produção da linha branca cresceu 8,5% em maio em relação a um ano antes, enquanto a do mobiliário subiu 22,3% na mesma base de comparação.

"Há uma predominância de resultados negativos em qualquer comparação que se faça. Se pegar a média móvel, 21 dos 27 setores tiveram queda em maio", lembrou.

O setor automotivo é o que mais sofre com o quadro de retração. Segundo Macedo, a redução do IPI anunciada em 21 de maio ainda não se reflete na produção. O gerente acredita que a resposta mais lenta do que já ocorreu no passado se deve ao cenário de aumento da inadimplência, de maior comprometimento da renda das famílias e também de maior restrição do crédito.

Em maio, a produção do setor automotivo caiu 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Como a redução do IPI ainda é recente, Macedo afirma que não dá para prever se o crescimento das vendas informado pela Fenabrave - o melhor mês de junho da série histórica - será suficiente para "queimar" estoques e estimular um incremento da produção. Hoje, observa Macedo, o ramo atua com um nível elevado de estoque e operou em maio com queda de jornadas e paralisações.

Confiança

A produção de bens de capital para a indústria registrou uma queda 1,5% no bimestre abril/maio, revertendo a tendência de alta de 1,3% apurada no primeiro trimestre pelo IBGE. Para Macedo, esse movimento é importante, pois evidencia o quadro atual de menor confiança do empresariado de realizar seus investimentos.

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