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Para FMI, recuperação no Brasil pode ser lenta

"O Brasil está saindo de uma das recessões mais longas, mas ainda encara uma situação desafiadora", ressaltou Gerry Rice, porta-voz do FMI

Economia brasileira: o FMI previu um crescimento de 0,2% no Brasil em 2017, após as agudas contrações de 3,8% em 2015 e 3,5% em 2016 (Arquivo/Getty Images)
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EFE

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 16h23.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que a situação econômica no Brasil continua sendo "desafiadora" e advertiu que há fatores que apontam para "um atraso" da recuperação esperada para 2017.

"O Brasil está saindo de uma das recessões mais longas, mas ainda encara uma situação desafiadora", ressaltou Gerry Rice, porta-voz do FMI, em sua entrevista coletiva quinzenal.

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Rice acrescentou que "o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continuou em contração no terceiro trimestre de 2016, e os indicadores de atividade econômica de final de ano apontam para um atraso na recuperação, dado que a despesa privada segue debilitada".

Embora suas últimas previsões de janeiro indiquem um retorno ao crescimento, o porta-voz ressaltou que "o alto desemprego e a elevada dívida do setor privado continuarão freando o processo" de recuperação econômica.

O FMI previu um crescimento de 0,2% no Brasil em 2017, após as agudas contrações de 3,8% em 2015 e 3,5% em 2016.

Para a próxima reunião de primavera da instituição dirigida por Christine Lagarde, Rice ressaltou que serão divulgados os novos cálculos que incluem dados do último trimestre de 2016 e "informações sobre alguns fatores potencialmente positivos em 2017, especialmente as abundantes colheitas".

As dificuldades no Brasil, principal economia da América Latina, têm afetado negativamente o crescimento na região, que em 2016 se retraiu em 0,7%.

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