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Para FMI, ebola pode prejudicar crescimento africano

Mais de 3.000 pessoas morreram vítimas da doença, que tem prejudicado as relações comerciais entre Guiné, Libéria e Serra Leoa com o resto do mundo

Mulher desmaia ao ver corpo de vizinha infectada com ebola, em Waterloo, cerca de 30 km a leste de Freetown, Serra Leoa (Florian Plaucheur/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 17h43.

Joanesburgo - O rápido crescimento da África Subsaariana deve ser mantido neste ano e no próximo, mas o surto de ebola torna a região vulnerável, alertou o FMI nesta terça-feira.

Apesar da previsão de crescimento de 5,1% neste ano e de 5,8% em 2015 -o maior crescimento depois da Ásia-, a instituição com sede em Washington advertiu que "o vírus do ebola representa um alto custo econômico".

Mais de 3.000 pessoas morreram vítimas da doença, que tem prejudicado as relações comerciais entre Guiné, Libéria e Serra Leoa com o resto do mundo.

"Se o surto de ebola se prolongar ou se estender a mais países, isso poderá ter consequências dramáticas para a atividade econômica da África Ocidental", afirmou o FMI.

Enquanto isso, a agitação e a insegurança na República Centro-africana e no Sudão do Sul continua gerando um efeito desestabilizador.

Os demais riscos para a região são mais habituais, mas igualmente preocupantes. É o caso de governos como o da África do Sul, que importa e toma empréstimos acima da sua capacidade de pagamento. África do Sul, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Quênia, Senegal, Tanzânia e Uganda registram grandes déficits em seus orçamentos.

Por enquanto, os investidores parecem dispostos a ignorar essas contas no vermelho, mas, para o FMI, essa postura pode mudar rapidamente. A instituição alerta para o "excesso de confiança nos fluxos de capital".

"A região se tornou mais sensível a choques externos, dada a crescente interdependência global", disse o FMI.

"O menor crescimento nas economias dos mercados emergentes -sobretudo da China- também leva risco à região, principalmente aos países dependentes das exportações de commodities".

O FMI pediu que os países da região "fiquem atentos às restrições macroeconômicas, evitem o excesso de confiança na volatilidade dos fluxos de capital e se previnam para não terem problemas fiscais".

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Joanesburgo - O rápido crescimento da África Subsaariana deve ser mantido neste ano e no próximo, mas o surto de ebola torna a região vulnerável, alertou o FMI nesta terça-feira.

Apesar da previsão de crescimento de 5,1% neste ano e de 5,8% em 2015 -o maior crescimento depois da Ásia-, a instituição com sede em Washington advertiu que "o vírus do ebola representa um alto custo econômico".

Mais de 3.000 pessoas morreram vítimas da doença, que tem prejudicado as relações comerciais entre Guiné, Libéria e Serra Leoa com o resto do mundo.

"Se o surto de ebola se prolongar ou se estender a mais países, isso poderá ter consequências dramáticas para a atividade econômica da África Ocidental", afirmou o FMI.

Enquanto isso, a agitação e a insegurança na República Centro-africana e no Sudão do Sul continua gerando um efeito desestabilizador.

Os demais riscos para a região são mais habituais, mas igualmente preocupantes. É o caso de governos como o da África do Sul, que importa e toma empréstimos acima da sua capacidade de pagamento. África do Sul, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Quênia, Senegal, Tanzânia e Uganda registram grandes déficits em seus orçamentos.

Por enquanto, os investidores parecem dispostos a ignorar essas contas no vermelho, mas, para o FMI, essa postura pode mudar rapidamente. A instituição alerta para o "excesso de confiança nos fluxos de capital".

"A região se tornou mais sensível a choques externos, dada a crescente interdependência global", disse o FMI.

"O menor crescimento nas economias dos mercados emergentes -sobretudo da China- também leva risco à região, principalmente aos países dependentes das exportações de commodities".

O FMI pediu que os países da região "fiquem atentos às restrições macroeconômicas, evitem o excesso de confiança na volatilidade dos fluxos de capital e se previnam para não terem problemas fiscais".

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