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Para CNI, pacote do governo só resolve curto prazo

Desoneração da folha de pagamento e redução de impostos têm efeito passageiro, avalia economista chefe da CNI

Ministro Guido Mantega anunciou novas meidas de incentivo à industria, mas, para CNI, efeito é passageiro (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 21h00.

São Paulo – O pacote de medidas do governo, que incluem a desoneração da folha de pagamento e redução de impostos, para estimular a recuperação da indústria nacional terá efeito apenas no curto prazo, segundo Flavio Castelo Branco, economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Segura a demanda em queda dos setores beneficiados, mas não tem efeito sustentável. Não resolve o longo prazo, até porque tem data de validade”, ponderou o economista.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que outros setores poderão ser beneficiados com a desoneração da folha de pagamento, além dos 15 originalmente previstos. O governo ainda estuda quais serão eles.

No início deste mês, também foi anunciado um aumento de 6,6 bilhões de reais nos gastos do governo com compras de veículos e equipamentos neste ano, além da prorrogação na redução de IPI de produtos da linha branca e móveis. O objetivo é conter a desaceleração da indústria, que já vem há nove meses em queda.

Para Branco, o novo cenário de câmbio a 2 reais para 1 dólar e juros potencialmente em 7,5% tende a ser positivo para a indústria nacional, mas o impacto ainda não pode ser sentido.

“Essas mudanças não têm efeito imediato, especialmente no cenário internacional atual”, avalia.

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“Segura a demanda em queda dos setores beneficiados, mas não tem efeito sustentável. Não resolve o longo prazo, até porque tem data de validade”, ponderou o economista.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que outros setores poderão ser beneficiados com a desoneração da folha de pagamento, além dos 15 originalmente previstos. O governo ainda estuda quais serão eles.

No início deste mês, também foi anunciado um aumento de 6,6 bilhões de reais nos gastos do governo com compras de veículos e equipamentos neste ano, além da prorrogação na redução de IPI de produtos da linha branca e móveis. O objetivo é conter a desaceleração da indústria, que já vem há nove meses em queda.

Para Branco, o novo cenário de câmbio a 2 reais para 1 dólar e juros potencialmente em 7,5% tende a ser positivo para a indústria nacional, mas o impacto ainda não pode ser sentido.

“Essas mudanças não têm efeito imediato, especialmente no cenário internacional atual”, avalia.

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