Economia

Para 70% dos brasileiros, CPMF é "injusta", diz CNI/Ibope

Segundo pesquisa CNI/Ibope, apenas 20% dos brasileiros são favoráveis à volta da CPMF; para 70%, tributação é "injusta"


	Impostos: cerca de 68% dos entrevistados não souberam dizer o que era a CPMF em pesquisa de opinião
 (thinkstock)

Impostos: cerca de 68% dos entrevistados não souberam dizer o que era a CPMF em pesquisa de opinião (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 11h27.

Brasília - A recriação da CPMF deve enfrentar resistências da população, segundo a pesquisa "Retratos da Sociedade Brasileira - Serviços Públicos, tributação e gasto do governo", realizada pelo Ibope Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ao todo, 73% dos brasileiros são contra o retorno do tributo, enquanto apenas 20% são favoráveis.

Os porcentuais são semelhantes ao observado em 2010, quando também se discutiu a volta da CPMF para elevar a arrecadação do governo destinada à saúde. Naquele ano, 72% eram contra e 20% a favor.

Os entrevistados foram apresentados à atual proposta de recriação da CPMF como meio de arrecadação para a Previdência Social e saúde pública. Antes da explicação, apenas 32% sabiam dizer o que é a CPMF e a definiram como um tributo.

"Isso mostra o grande desconhecimento da população sobre o tema, que tem ganhado destaque nas discussões sobre como corrigir o déficit fiscal", alertou a CNI.

A resistência à recriação da CPMF pode ser explicada pela visão de 70% dos brasileiros de que se trata de um imposto injusto. Outros 59% acreditam que o tributo vai aumentar os preços dos produtos.

"Esses resultados indicam que a maioria dos brasileiros entende que a CPMF, apesar de incidir sobre movimentações financeiras, impacta todos os brasileiros por ser embutida no preço dos produtos, consumidos por toda a população, inclusive os mais pobres", diz a entidade.

Por fim, 61% dos brasileiros discordam total ou parcialmente de que a recriação da CPMF iria melhorar a vida dos brasileiros, uma vez que o governo teria mais recursos para investir em saúde e Previdência. Apenas 33% concordaram, total ou em parte, com a afirmação.

A coleta de dados para a pesquisa ocorreu entre os dias 17 e 20 de março e ouviu 2.002 entrevistados em 143 municípios.

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