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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.
Não adianta gastar pouco e gastar mal. Esse é o recado da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para os quatro principais países latino-americanos. Em uma série de artigos divulgados nesta quinta-feira (2/3), a organização afirma que Brasil, Argentina, Chile e México precisam rever a política de cobrança de impostos, a fim de arrecadar melhor - e, assim, ter mais dinheiro para investimentos.
Brasil e Argentina, por exemplo, vêm ampliando significativamente a arrecadação de impostos, ao mesmo tempo em que cortam drasticamente os investimentos públicos. A OCDE critica a atitude dos dois países e sugere uma alternativa: ambos deveriam questionar como e onde o dinheiro está sendo investido.
Os quatro países analisados têm níveis diferentes de gasto público (em relação ao PIB), mas todos enfrentam desafios parecidos. Um deles é manter o nível de endividamento público em um patamar sustentável, além de melhorar a relação custo-benefício dos investimentos.
O capítulo sobre Brasil, escrito pelos economistas Fábio Giambiagi, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, e Marcio Ronci, do Fundo Monetário Internacional, traz um revisão das reformas de ajuste fiscal implementadas pelo país de 1995 a 2004. A conclusão é de que houve mudanças estruturais, mas ainda é necessário criar instituições mais sólidas que ajudem a melhorar a qualidade dos gastos.
O México é membro da OCDE desde 1994, enquanto Argentina, Brasil e Chile apenas colaboram com a organização em determinadas áreas.